Santos finalista do Paulista fica mais velho e com o pé torto
O Santos dominou a primeira fase do Campeonato Paulista com um time jovem e insinuante que empilhava os adversários com goleadas em sequências. Na reta final do torneio, foi bem diferente. Mais velho e com o “pé torto”, o time de Oswaldo de Oliveira não conseguiu dominar como no começo da competição e perdeu o título estadual para o Ituano, nos pênaltis.
A mudança é sensível, a começar pela escalação. Ao longo da competição, como mostrou o UOL Esporte na semana passada, Oswaldo utilizou 16 jogadores com idades entre 17 e 21 anos. Na decisão do último domingo, só Geuvânio e Alison entraram como titulares.
Na quinta rodada, contra o Botafogo-SP, a média de idade do time era de 24,4 anos de idade e o jogo terminou 5 a 1 pela segunda vez seguida – dias antes, a goleada havia sido contra o Corinthians. Foi a última partida antes da estreia de Damião, que desencadearia as mudanças na equipe titular. Na final, o Santos já tinha 26,1 anos de idade, em média.
O desempenho também foi mudando ao longo do Paulista. Na primeira fase, a equipe marcou, ao todo, 39 gols, com o melhor ataque da competição, média de 2,6 por jogo. Nos jogos contra Penapolense e Ituano, justamente aqueles em que o Santos teve mais dificuldade, foram só quatro, 1,3 por partida, exatamente a metade do período anterior.
A queda poderia se justificar pelo fato de que na decisão as coisas tendem a ficar mais complicadas naturalmente. Só que, além do fato de o Santos ter conseguido fugir dos outros grandes, a quantidade de chances criadas mostra que os erros de finalização também pesaram.
Diante do Penapolense, Damião perdeu pelo menos duas chances claras antes de Stefano Yuri virar o jogo para 3 a 2 na Vila Belmiro. Contra o Ituano, no segundo jogo, Cícero e Geuvânio também desperdiçaram as oportunidades que tiveram diante do goleiro Vagner.
Até as quartas, o Santos errava 8,125 chutes por jogo. Nos três jogos seguintes, decisivos, foram 9,6, um salto que ajuda a explicar a queda de rendimento da equipe, que suou para bater o Penapolense e não conseguiu superar o Ituano.
Oswaldo, que já admitiu em outras oportunidades que a juventude do seu time poderia pesar nos momentos decisivos, discordou da ideia de que o Santos das finais foi diferente do restante do campeonato.
“Não vi mudança nenhuma. São times muito bem treinados, que criam essas dificuldades. Nossa pior derrota foi para o Penapolense [4 a 1, na primeira fase] e tivemos um jogo muito difícil contra eles na semi. Hoje [domingo] poderíamos ter feito mais um gol e decidido o campeonato”, disse Oswaldo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.