PM diz-se indiferente sobre torcida única e teme violência longe da arena
A Polícia Militar é capaz de garantir a segurança no clássico deste domingo entre Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque, com ou sem torcida única, mas alerta que o risco de violência entre torcedores não está extinto em virtude da medida.
Nesta sexta-feira, uma decisão da Justiça combinada ca um posicionamento da Federação Paulista de Futebol definiu que haverá apenas uma torcida - a palmeirense - no dérbi do domingo.
De acordo com o Capitão Ricardo Marçal Razuk, comandante da 1ª Companhia do 2º Batalhão de Choque da PM de São Paulo, responsável pela segurança e policiamento nas praças esportivas do Estado, o que muda com a torcida única é o "foco de complexidade" das operações de segurança:
“A decisão foi do MP (Ministério Público) e da Justiça. Para nós, da PM, é indiferente. É claro que a decisão pela torcida única reduz a complexidade do planejamento durante o jogo. Em uma partida como essa, obviamente, que envolve duas torcidas cuja rivalidade é uma das maiores do Brasil, o planejamento da PM é muito complexo.
Com uma torcida só, vamos nos preocupar com o confrontos fora dos estádios. O fato de os corintianos não estarem no estádio não significa que eles não irão se concentrar em algum ponto da cidade para acompanhar a partida”.
No final da semana passada, o capitão Razuk afirmou, em entrevista ao UOL Esporte, que a PM mantém policiais infiltrados nas principais torcidas do Estado, o que auxilia no policiamento realizado fora dos estádios, identificando pontos de encontro para combates entre torcedores, por exemplo. O capitão contou também quais são as maiores complexidades existentes no policiamento no novo estádio palmeirense.
Em relação á dificuldade maior ou menor de realizar o policiamento nas novas arenas brasileiras, construídas no período que antecedeu a Copa do Mundo de 2014, o capitão ressalta que a falta de divisões físicas no local destinado à torcida visitante pode atrapalhar, mas que o problema já foi contornado no estádio palmeirense. “Depois que o Allianz Parque estava construído, fomos (a PM) chamados para opinar sobre questões de segurança. “Recomendamos fazer uma divisão física para a torcida visitante, e foi instalada uma grade no local que recomendamos. Para este jogo de domingo, se houvesse duas torcidas, além da grade, colocaríamos uma divisória que impedisse o contato visual entre os torcedores, pelo tamanho da rivalidade existente”.
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