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Tite dá exemplo de Jordan e cita bilhete no vestiário em vitória corintiana

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

11/04/2015 19h01

Um jogo muito difícil, decidido nos detalhes e que colocou o Corinthians na semifinal do Campeonato Paulista. 

Em sua análise na Arena Corinthians, o treinador Tite celebrou a vitória por 1 a 0 contra a Ponte Preta, neste sábado, com essa linha de raciocínio. E trouxe dois detalhes curiosos que, de alguma forma, contribuíram para o êxito no duelo de quartas de final. 

Em um deles, Tite deu exemplo de Michael Jordan. O ex-jogador de basquete pregava que, nos momento difíceis, sua equipe recuasse de postura para se organizar novamente e avançar. O treinador confessou ter feito isso no intervalo. A relação entre Tite e Jordan é antiga: em 2011, na segunda passagem pelo clube, ele presentou uma série de jogadores com um livro do astro americano. 

"A equipe adversária era melhor e você tem que dar passo atrás. Michael Jordan falava isso. 'Faça o simples, organiza defensivamente e vai voltar processo normal'. E a equipe aprendeu no intervalo. Humildade de marcar melhor para poder jogar", advertiu. 

Depois, ao ser questionado se ajudou a decidir a partida com mudança de posicionamento de Renato Augusto, que fez gol da vitória em posição mais avançada, Tite contou outra particularidade. "Um dos lembretes da minha preparação psicológica, antes do jogo, e entendam bem, com tranquilidade, escrevo um bilhete: 'ajuda o time'. O Delamore (Geraldo, ex-auxiliar) falava: 'ajuda o time'. A sensação que trago é que ajudei o time".
 
No intervalo, com o Corinthians em dificuldades, Tite fez alguns ajustes. Pediu que Elias jogasse como volante ao lado de Ralf, prendeu Uendel como marcador na lateral esquerda, passou Renato Augusto para função mais avançada e pediu que Vagner Love saísse de perto dos zagueiros adversários. As mudanças deram resultado, inclusive no lance do gol marcado. 
 
"Vagner Love faz função de Vagner Love. Tem liberdade de bico de área a bico de área. Guerrero faz de Guerrero. A área de ação é diferente, estilos são diferentes. Um é mais cabeceador e outro joga mais embaixo. O gol foi com ele, (disse) 'vem jogar nas costas do volante' ou na frente do volante. Sai um pouco dos zagueiros. Ali (entre os zagueiros) a bola ficava difícil de entrar nele", comentou. 

Na sequência, questionado sobre a ausência de Guerrero, que acordou neste sábado com quadro clínico de dengue, e o fato de que Emerson Sheik, suspenso, não jogará a semifinal, Tite minimizou. "As oportunidades tinham que acontecer. Peguei (para Vagner Love) o exemplo do Jadson que entrou na equipe vindo no ônibus. Não tem que lastimar quem está fora, é do jogo".