Braz diz que título do Paulistão pode trazer 'dinheiro que falta' ao Santos
O zagueiro David Braz, um dos lideres do elenco do Santos nesta temporada, não sonha apenas com o troféu do Campeonato Paulista. O defensor acredita que o possível título estadual, diante do Palmeiras, pode amenizar a crise financeira do clube e até render patrocinadores ao alvinegro praiano.
“A gente estava conversando esses dias. Sabemos do problema financeiro que o clube passa, que podemos sofrer na temporada. Mas o título é mais importante que o dinheiro. Se conquistar, vamos conquistar muito aí na frente. Até dinheiro. Pode trazer patrocínio, renda”, afirmou Braz.
O Santos começou o ano desacreditado, principalmente por causa da crise financeira na Vila Belmiro. O presidente Modesto Roma assumiu o clube em janeiro com salários de CLT [Consolidações das Leis de Trabalho] e direitos de imagem do elenco atrasados.
A diretoria santista quitou parte da dívida deixada pela antiga diretoria – três meses de salários da CLT, além de 13º, férias e fundo de garantia. No entanto, o clube ainda deve quatro meses de direitos de imagem para a maioria dos atletas. Há debito de até oito meses com alguns jogadores.
As finais do Paulista ocorrerão no Allianz Parque e na Vila Belmiro, respectivamente. A decisão acolhe os pedidos de Santos e Palmeiras, que preferiram mandar pelo menos um jogo em casa em vez de disputar o título estadual em um campo neutro. Os jogos serão disputados nos dois próximos domingos (26 de abril e 3 de maio), sempre às 16h.
Crise já deixou Santos sem telefone e quase sem água e luz
As dívidas herdadas da gestão de Odílio Rodrigues quase deixaram o Santos no escuro neste ano. A empresa de energia elétrica foi ao CT Rei Pelé "cortar a luz" por falta de pagamento na primeira semana de janeiro. O valor de uma das contas atrasadas de luz chegava a R$ 130 mil, enquanto o valor da conta de água era de R$ 180 mil. O clube precisou fazer uma proposta de parcelamento para pagar a dívida.
Outro motivo que preocupava o presidente Modesto Roma e companhia era o plano de saúde dos atletas. Isso porque a ex-diretoria não pagou o convênio médico dos jogadores nos últimos três meses de mandato.
Os credores batem na porta do Santos todos os dias. O UOL Esporte revelou no início do ano que o clube deve até a uma floricultura da cidade.
A dívida com a floricultura ainda não foi paga e chega a quase R$ 2 mil. O clube tinha um acordo com a empresa para comprar coroas e flores para homenagens prestadas, mas não pagou as últimas compras efetuadas.
Se não bastasse, a diretoria assumiu o clube em janeiro com o telefone dos funcionários cortados por falta de pagamento. O problema só foi resolvido dois meses depois, período em que os profissionais do clube só podiam receber ligações. A antiga diretoria deixou uma dívida de R$ 12 mil com uma operadora de celular.
Sobrou até para a Vila Belmiro. A ex-diretoria santista não pagava a World Sports, empresa responsável pela manutenção do gramado, desde setembro. Sendo assim, a Vila ficou sem manutenção no mês de dezembro, fato que colaborou para o mau estado do gramado no início do Campeonato Paulista.
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