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Valdivia fora afetou Palmeiras em 159 jogos. Para a final, há alternativas

Valdívia é atendido em campo após sentir lesão no jogo entre Palmeiras e São Paulo, em 2014 - Friedemann Vogel/Getty Images
Valdívia é atendido em campo após sentir lesão no jogo entre Palmeiras e São Paulo, em 2014 Imagem: Friedemann Vogel/Getty Images

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

25/04/2015 06h00

O Palmeiras perdeu Valdivia para a primeira partida da final do Paulistão no domingo, diante do Santos. Com uma lesão no joelho esquerdo, o meia será desfalque . O alviverde já está acostumado com a propensão a lesões do camisa 10: desde que voltou, em 2010, atuou em apenas 44% das partidas do clube. Ao contrário do que ocorreu nos últimos anos, porém, desta vez, há alternativas.

Desde o retorno de Valdivia, o Palmeiras disputou 320 partidas; o chileno atuou em 141, ficando de fora em 159 – 56%. No total, marcou 17 gols. Em outras palavras, foi mais ausente do que presente: o alviverde se acostumou a jogar sem o meia em mais da metade das partidas.

Os últimos cinco anos não foram bons na Academia de Futebol. Em 2010 e 2011, campanhas medianas no Brasileirão que terminaram no meio da tabela. Em 2012, rebaixamento para a Série B, seguido pela volta à elite no ano seguinte. No ano passado,  luta ferrenha contra o rebaixamento.

Sem grandes elencos, Valdivia quase sempre foi a esperança palmeirense durante o período. Muitas vezes não pôde estar em campo; quando esteve, porém, correspondeu: na final da Copa do Brasil em 2012 foi fundamental na primeira partida diante do Coritiba, marcando um gol e tendo ótima atuação. O chileno, aliás, brilhou nas duas finais que o Palmeiras disputou nos últimos dez anos, tendo sido importantíssimo também na conquista do Paulista de 2008, em sua primeira passagem.

No domingo o alviverde terá sua primeira final sem Valdivia desde 2000. Desta vez, porém, a dependência do camisa 10 é bem menor. O Palmeiras chegou à final do Paulistão praticamente sem o meia. O elenco atual tem outros destaques e alternativas.

O substituto do chileno deve ser um nome de peso, Cleiton Xavier. Depois de uma excelente passagem pela Academia de Futebol em 2009 e 2010, Cleiton se tornou ídolo na Ucrânia. Em 2015, voltou, mas não a tempo de ser inscrito na primeira fase do estadual. Jogou alguns minutos contra o Botafogo-SP, e entrou muito bem nas semifinais, diante do Corinthians. Com ele perto da forma ideal, o time perde pouco sem Valdivia.

Enquanto o camisa 10 se recuperava de lesão, novas caras ganharam destaque e caíram nas graças da torcida. Jogando aberto pelas pontas, Rafael Marques tem sido decisivo nos clássicos: marcou duas vezes na vitória sobre o São Paulo, e fez o gol que levou a partida para os pênaltis diante do Corinthians. Só não marcou contra o Santos – ficou de fora do confronto na primeira fase.

Sem Cleiton Xavier, quem comandou o meio palmeirense na primeira fase foi Robinho, que marcou cinco gols e deu cinco assistências. Oswaldo de Oliveira deve mudar um pouco o esquema para que os dois sejam titulares no domingo.

Na quinta-feira, último treino aberto antes da final, o técnico recuou Robinho para jogar ao lado de Arouca, colocou Cleiton Xavier na armação e testou Gabriel Jesus, promessa da base palmeirense no ataque. Com isso, o provável Palmeiras deve ter Prass; Gabriel, Victor Ramos, Vitor Hugo e Zé Roberto (Victor Luís); Arouca e Robinho; Dudu, Cleiton Xavier e Rafael Marques; Gabriel Jesus (Leandro Pereira).