Sem Arouca, Palmeiras pode acabar obrigado a ser mais ofensivo em final
No domingo, o Palmeiras entrará em campo diante do Santos jogando pelo empate na Vila Belmiro. Em uma partida na qual o alvinegro certamente vai se lançar ao ataque, a ausência de Arouca (é dúvida com um estiramento na coxa esquerda) pode fazer muita falta: o volante está entre os jogadores que mais combatem e desarmam no meio de campo alviverde.
No Paulistão, segundo o Footstats, Arouca tentou 29 desarmes - destes, 23 tiveram sucesso. Os números o colocam como o sexto jogador que mais desarma no time; o volante, entretanto, chegou no decorrer do Paulistão, e disputou apenas 11 partidas no estadual.
Com menos partidas jogadas, o camisa 5 tenta, em média, 2,63 desarmes por jogo, e tem sucesso em 80% deles. Apenas dois companheiros de time o superam: Gabriel, que atua ao seu lado como primeiro volante (3,41 desarmes por jogo) e o lateral direito Lucas (3,68 desarmes/jogo).
Ao perder Arouca na primeira partida da final, no Allianz Parque, Oswaldo de Oliveira decidiu deixar sua equipe bem mais ofensiva: recuou Robinho e colocou Cleiton Xavier na meia. A alternativa pode ser repetida na Vila Belmiro, mesmo com o alviverde em vantagem, precisando apenas de um empate e com a possibilidade de atuar no contragolpe.
Robinho é muito menos combativo do que Arouca: tenta 1,47 desarme por jogo. Além disso, o meia arrisca passes mais difíceis; isso o torna um dos líderes em assistências no elenco, com cinco, mas também resulta em um índice de acerto de 86%. O número é inferior ao do volante, que acerta 94% - manter a posse de bola pode ser importante para segurar a vantagem com a qual o Palmeiras começa o jogo.
A alternativa para manter o poder de marcação no meio de campo seria promover a entrada de um volante para substituir Arouca. Renato e Amaral, os dois jogadores da posição no elenco, jogaram muito pouco na temporada: o primeiro participou de seis jogos, três deles como titular; o segundo, apenas 23 minutos.
Com isso, a tendência é que Oswaldo de Oliveira, caso não tenha Arouca, opte mesmo por recuar Robinho, colocando Cleiton Xavier ou Valdivia na armação, trocando os desarmes de Arouca por mais criatividade e encarando o Santos de igual para igual na Vila.
Se escolhida, a estratégia pode dar certo: na casa santista, o retrospecto é favorável ao alviverde: são 42 vitórias na história, contra 40 do anfitrião alvinegro.
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