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Dérbi tem bombas jogadas por corintianos e gritos de briga que gerou morte

Adriano Wilkson, Dassler Marques e Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

04/04/2016 06h00

Além dos episódios de violência registrados antes e depois do jogo, dentro do Estádio do Pacaembu o clima também foi quente no clássico Palmeiras 1 x 0 Corinthians. Mesmo em aproximadamente 1.800 integrantes entre os 23 mil presentes no clássico, de mando palmeirense, parte dos corintianos adotou comportamento agressivo. 

De acordo com relatos de torcedores presentes ao setor dos visitantes, três bombas foram jogadas na direção de palmeirenses localizados no setor do tobogã. Ao menos uma delas atingiu o alvo. Em contato com a reportagem no momento em que os artefatos foram atirados, a Polícia Militar não confirmou que partiram dos corintianos e negou a existência de feridos.

No momento, os palmeirenses correram em direção ao cordão de isolamento feito pela PM, mas tiveram qualquer tipo de reação contida. No setor ocupado pela Mancha Verde, houve mais gritos de apoio à equipe que propriamente do clima bélico que marcou o jogo. 

Ainda no momento do confronto, torcedores corintianos organizados também gritaram, insistentemente: "c..ão, correu com revólver na mão". 

A menção é ao episódio que vitimou um torcedor na briga entre dezenas de membros das organizadas Gaviões da Fiel e Mancha Verde ao lado da estação São Miguel Paulista da CPTM. No fim da manhã, o confronto terminou com a morte de um senhor de meia idade por tiro de arma de fogo. De acordo com a cena descrita por corintianos, um torcedor palmeirense armado na estação São Miguel atirou a esmo em meio a confusão, e foi responsável pelo assassinato. Por isso, o grito no Pacaembu.

Até o final da noite de domingo, a Polícia Militar desconhecia o nome do homem morto. As informações do Coronel Luiz Gonzaga, responsável por coordenar o policiamento do clássico, dão conta sobre um senhor de meia idade, que não estava envolvido no confronto e que não portava documentos. O tiro que o vitimou acertou o coração.