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Guerra e Keno se silenciam, e Palmeiras tenta curar abatimento após derrota

Dassler Marques, Diego Salgado e José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

23/02/2017 04h00

A ordem no Palmeiras, depois da derrota por 1 a 0 para o arquirrival Corinthians, em partida na qual atuou o segundo tempo com um jogador a mais, é de se restabelecer. O abatimento dos jogadores mais jovens e recém-chegados, como Guerra e Keno – ambos personagens do dérbi -, contrastou com o discurso positivo dos mais experientes.

Envolvido diretamente na expulsão equivocada do meio-campista corintiano Gabriel – o árbitro Thiago Duarte Peixoto admitiu o erro em entrevista concedida depois do confronto -, Keno saiu na zona mista, e imediatamente os pedidos de declarações foram rejeitados.

Puxado por Maycon pelas costas, o jogador ‘delatou’ Gabriel para a arbitragem, que segundos depois recebeu o segundo cartão amarelo. O corintiano se recusou a deixar o campo, e nenhum atleta palmeirense se manifestou sobre o erro.

Quem também evitou dar entrevistas depois do confronto foi o venezuelano Alejandro Guerra. Depois de perder a bola para Maycon no lance do gol corintiano, o camisa 18 deixou a Arena Corinthians escoltado por três seguranças até o ônibus palmeirense.

Guerra se mostrou um dos mais abatidos com o revés. Segundos depois do gol corintiano, o jogador assumiu uma postura cabisbaixa dentro de campo e visivelmente lamentava o lance no qual procurou proteger a bola; Maycon foi mais veloz, tomou a posse e lançou Jô para fazer 1 a 0.

Para combater a tristeza do venezuelano, Eduardo Baptista se prontificou a poupar o jogador logo após o jogo. “Não conversei ainda com o Guerra, mas, quando se ganha, ganham todos. Quando se perde, todos perdem”, discursou o treinador.

Os rostos abatidos e a lei do silêncio, no entanto, terminarão ainda nesta quinta-feira, dia da reapresentação do grupo. A ideia palmeirense é se recuperar o mais rápido possível da ‘doída’ derrota para o arquirrival, como admitiu o técnico Eduardo Baptista.

No sábado, a partir das 16h30 (de Brasília), a equipe recebe a Ferroviária, no Allianz Parque, e o grupo se fechou para dar uma resposta imediata no próximo compromisso, a fim de evitar a pressão sobre o trabalho de Eduardo Baptista e do próprio elenco campeão nacional.

“A torcida não a vai aceitar a derrota, como nós também não. Estamos tristes pela derrota e pelo que aconteceu hoje. Agora é erguer a cabeça, porque sábado temos a Ferroviária em casa. Será um jogo difícil e contamos com a torcida”, refletiu o capitão Dudu.