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4 atletas e uma vaga. Briga pra ser parceiro de R.Oliveira cresce no Santos

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

30/03/2017 07h55

O desempenho decisivo dos atacantes na vitória por 3 a 1 do Santos diante do Novorizontino, na quarta-feira, último jogo da primeira fase do Campeonato Paulista, serviu para acirrar a concorrência por uma vaga no setor ofensivo.

Com a classificação assegurada, o técnico Dorival Júnior levou a campo uma equipe quase toda formada por reservas, com exceção ao goleiro Vanderlei. A noite terminou com dois gols de Kayke e um de Thiago Ribeiro, marcado com assistência de outro atacante, o colombiano Jonathan Copete.

“O Kayke é um atacante e, naturalmente, vive de gols. Ele tem sido muito útil na maioria dos jogos e hoje pôde ajudar a definir o resultado”, elogiou o treinador.

Dorival já tem os seus homens de confiança em quase toda a linha de frente. Ricardo Oliveira e Lucas Lima são titulares absolutos. A condição se estende ao jovem Vitor Bueno que, mesmo criticado por parte da torcida, foi bancado pelo treinador, que não poupa elogios até mesmo em entrevistas.

Bueno, por sinal, é o artilheiro da equipe na temporada, com seis gols, e demonstra efetividade em diversas funções dentro de campo como marcação, criação de jogadas, cruzamentos e finalizações, de acordo com o Footstats.

A única vaga em aberto, portanto, é a que atualmente é ocupada por Bruno Henrique. Mesmo como principal investimento do clube na temporada, custou cerca de R$ 14 milhões, o atacante tem concorrência forte.

Kayke, por exemplo, chegou a três gols e uma assistência em oito jogos disputados, marca superior a de Bruno, que marcou o mesmo número de vezes, mas sem passe para gols e em 12 jogos.

O jogador já foi “sombra” de Guerrero no Flamengo chegando a superar o peruano. Marcou seis gols em 16 jogos (sendo sete deles entrando no decorrer das partidas), média de 0,38, e chegou ao clube afirmando que poderia, inclusive, jogar ao lado de Oliveira.

Outra possibilidade surge com Thiago Ribeiro, que também chegou a terceira bola na rede em oito partidas. Esse, no entanto, só entrou no segundo tempo. O camisa 26 tinha, inclusive, poucas chances de permanecer no Santos devido o seu alto salário, mas foi um pedido particular de Dorival à diretoria e tem correspondido. Diferente de Kayke, o experiente jogador sempre atuou aberto pelos lados do campo.

A briga também tem Copete. O atacante era titular absoluto devido a própria ascensão, principalmente, na reta final do último Campeonato Brasileiro, mas perdeu espaço para Bruno Henrique. De volta após lesão, vive novo bom momento: gol decisivo na vitória por 1 a 0 diante do Santo André, no último sábado, e assistência contra o Novorizontino.

Corre por fora por uma vaga o também colombiano Vladimir Hernández, que virou uma espécie de xodó dos santistas devido ao gol de bicicleta logo em sua estreia - vitória por 5 a 1 diante do Kenitra, do Marrocos. 

Hernández tem jogado mais aberto pela direita, função de Vitor Bueno, e tem só este gol, além de duas assistências na temporada. Rodrigão, por sua vez, apesar dos quatro gols na temporada, só concorre a vaga de Oliveira. Mesmo assim, Dorival tem optado por Kayke na função do camisa 9.

Veja o desempenho dos atacantes do Santos na temporada:

Vitor Bueno – 13 jogos, 6 gols, 1 assistência
Bruno Henrique – 12 jogos, 3 gols
Kayke – 8 jogos, 3 gols, 1 assistência
Copete – 12  jogos, 2 gol, 1 assistência
Thiago Ribeiro – 8 jogos, 3 gols
Vladimir Hernández – 8 jogos, 1 gol, 2 assistências
Rodrigão – 7 jogos, 4 gols
Arthur Gomes – 6 jogos, 1 gol