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Ausência de Borja força Roger a retomar testes. Sem ele, Palmeiras sofreu

Do UOL, em São Paulo

18/03/2018 04h00

Considerado o melhor elenco do Brasil, o Palmeiras passará por prova de fogo nos próximos dias, quando não terá à disposição Miguel Borja. O artilheiro serve à seleção colombiana e indiretamente cria uma dificuldade para o técnico Roger Machado, que admite não ter um substituto com as mesmas características.

A vitória por 3 a 0 sobre o Novorizontino, no último sábado, de certa forma atenua a ausência do camisa 9. Afinal a vantagem alviverde é ótima na segunda partida, na quarta-feira (21), mas a situação seria outra em uma possível semifinal: caso o Palmeiras avance, Borja perderá o primeiro jogo e talvez o segundo — a Colômbia pega França e Austrália em 23 e 27 de março, respectivamente.

Menos mal que não há jogos da Libertadores no período, mas o artilheiro do Campeonato Paulista com seis gols vira desfalque justamente quando o torneio afunila, nas fases mata-mata. Ainda assim Roger confia na adaptação da equipe, mesmo que os testes feitos na ausência de Borja não sejam muito animadores. "Convocações, lesões, suspensões... Isso tudo nosso grupo assimila, e quem entra em campo tem dado a resposta", diz o treinador.

A ausência do colombiano não é inédita neste ano. Ele foi desfalque no empate por 0 a 0 com a Ponte Preta (lesão) e na derrota por 1 a 0 para o São Caetano (pendurado às vésperas de um clássico); e há uma semana foi poupado dos 3 a 0 sobre o Ituano. Roger Machado tentou diferentes estratégias para substituí-lo, todas sem sucesso.

A solução pronta parece ser a utilização de Willian como referência, a exemplo do que aconteceu já em duas ocasiões. Mas o atacante não tem a mesma desenvoltura atuando como 9, e a alternativa não é bem recebida dentro do próprio clube. Outro que foi testado na posição foi Alejandro Guerra, mas o arranjo foi um tanto desencontrado frente ao São Caetano.

Há ainda Fernando e Papagaio, promessas que foram liberadas da seleção brasileira sub-20 justamente para não aumentar os desfalques no ataque palmeirense. O primeiro flutua mais, enquanto o outro tem maior presença de área.

"As características são diferentes", reconhece Roger Machado. "Willian é diferente, o Papagaio é diferente. É jogador mais de área, de bico a bico de área. O Miguel [Borja] sai mais para a lateral, procura a bola mais entre as linhas. O Papagaio é canhoto, com presença de área. O Fernando é jogador de mobilidade. Não tenho um jogador com as características do Borja, mas a gente consegue se adaptar", garante o treinador, que também perdeu nos últimos dias Gustavo Scarpa, pivô de um imbróglio judicial.