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Jailson brilha, Palmeiras bate o Santos nos pênaltis e está na final

Sasha - Ale Cabral/AGIF - Ale Cabral/AGIF
Imagem: Ale Cabral/AGIF

Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

27/03/2018 22h41

Dono da melhor campanha do Campeonato Paulista e em vantagem após o jogo de ida, o Palmeiras levou um susto diante do Santos, perdendo por 2 a 1 no tempo normal. Sob pressão diante de sua torcida, que lotou o Pacaembu, o time de Roger se redimiu do jogo pouco criativo e desatento na defesa com boas cobranças de pênalti. Com direito a defesa de Jailson na cobrança de Diogo Vitor, o clube alviverde fez 5 a 3 e está na decisão do Estadual.

Foi o prêmio ao Palmeiras, que dominou a posse de bola e levou dois gols em raras chegadas com perigo do Santos ao ataque. Foi também um prêmio a Jailson, um dos grandes personagens do time em 2018, herói do primeiro jogo e autor da defesa que coloca o clube na decisão contra Corinthians ou São Paulo, que se enfrentam nesta quarta - o Tricolor venceu a ida por 1 a 0.

jailson - THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO - THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Os gols da partida foram marcados por Sasha, Bruno Henrique e Rodrygo no tempo normal. Nos pênaltis, Dudu, Tchê Tchê, Victor Luís e Moisés acertaram para o Palmeiras, enquanto Diogo Vitor foi o único a perder para o Santos. Eliminado, o clube da Vila Belmiro só volta a campo no próximo dia 5, quando encara o Estudiantes, na Argentina, em jogo válido pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América.

Melhor: Jailson decide nos pênaltis

Jailson não foi muito exigido ao longo do jogo. Os dois gols do Santos, em uma cabeçada à queima-roupa e num vacilo da defesa com Rodrygo, não desabonaram o goleiro ao longo dos 90 minutos. Quando a decisão foi para os pênaltis, no entanto, ele decidiu. Pulou para o canto direito e parou a bola com o braço direito. Caprichosamente, ela ainda bateu no seu quadril antes de ser finalmente agarrada.

Pior: Gabigol erra quase tudo e leva até chapéu

Gabigol - Ale Cabral/AGIF - Ale Cabral/AGIF
Imagem: Ale Cabral/AGIF

Um passe de letra bizarro, sem sucesso, e um chapéu que levou de Felipe Mello, resumem o desempenho de Gabigol no clássico. O camisa 10 esteve sumido durante todo o duelo e errou quase tudo que tentou na partida. A exceção foi seu pênalti, o primeiro da série santista, que no entanto não foi o suficiente para classificar o Santos.

Arbitragem confusa irrita palmeirenses

Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza foi alvo de muitos protestos, tanto dos jogadores como da torcida do Palmeiras no Pacaembu. O árbitro distribuiu cartões amarelos - foram sete ao todo -, mas não conseguiu controlar os ânimos dos dois times. Na parte disciplinar, ele não coibiu reclamações acintosas dos dois lados e também permitiu que o Santos abusasse de faltas mais duras, especialmente na segunda etapa.

Treinadores apostam em jogadores em baixa no 2º tempo

Tanto Roger como Jair fizeram substituições que deixaram a torcida com a pulga atrás da orelha. O palmeirense tirou Willian para colocar Deyverson, que acaba de se recuperar de cirurgia no pé. Além disso, o centroavante ficou marcado por não bater um pênalti na eliminação do Palmeiras na Libertadores do ano passado, e entrou justamente em um momento no qual a partida se encaminhava para as penalidades. Já o técnico santista apostou em Leandro Donizete, outro que está em baixa com o torcedor, para trancar o meio-campo no lugar de Renato nos minutos finais.

Roger e Jair mantêm seus esquemas no Pacaembu

O primeiro tempo foi bastante movimentado. O Santos saiu na frente, com Sasha, sofreu o empate três minutos depois, com Bruno Henrique, e tomou a frente do placar no final do primeiro tempo, com Rodrygo. O curioso é que, apesar da vantagem do primeiro jogo (venceu por 1 a 0), o Palmeiras de Roger manteve a sua postura, com marcação alta e jogando na frente. O Santos de Jair também manteve sua estratégia. Mesmo precisando vencer, ficou atrás e apostou apenas nos contra-ataques e com bolas esticadas. A estratégia deu certo pois a equipe santista levou a melhor na primeira etapa com 100% de aproveitamento. Foram duas finalizações e dois gols.

Palmeiras reclama sem motivos

O Palmeiras reclamou bastante do segundo gol do Santos, marcado por Rodrygo. Eles reclamaram toque de mão do jovem santista e também de impedimento de Sasha. Nenhuma das reclamações procede. "Gol legal".

Sasha quebrou o silêncio dos santistas

Os jogadores do Santos combinaram de não conversar com a imprensa por conta de comentários de alguns jornalistas em programas de rádio e televisão. No entanto, no final do primeiro tempo, Sasha concedeu entrevista ao SporTV. David Braz passou pelo atacante durante a entrevista e fez sinal de negativo.

Rodrygo faz gol, mas falha de maestro

Jair Ventura tem quebrado a cabeça para encontrar um substituto para Lucas Lima, hoje no Palmeiras. Depois de utilizar Vecchio, Jean Mota, Vitor Bueno e Diogo Vitor, ele iniciou a decisão com Rodrygo na armação. O jovem marcou o seu gol, mas também não brilhou como "maestro". Foi substituído por Jean Mota aos 21 minutos do segundo tempo.

Alison sendo Alison

O volante Alison aplicou uma "tesoura" no lateral Victor Luís aos 15 minutos do primeiro tempo e recebeu o cartão amarelo. O volante, chamado de MMAlison por sua torcida devido a jogadas fortes, correu o risco de ser expulso. Na sequência do lance, um minutos depois, o Palmeiras empatou a partida.

Ficha Técnica

Palmeiras 1 x 2 Santos

Data e horário: 27/03/2018, às 20h30 (de Brasília)
Local: Estádio do Pacaembu
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza
Auxiliares: Herman Brumel Vani e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa

Gols: Sasha aos 13 e Rodrygo aos 39 minutos do primeiro tempo (Santos); Bruno Henrique aos 16 minutos do primeiro tempo (Palmeiras)

Cartões amarelos: Alison, Sasha e Lucas Veríssimo (Santos); William e Felipe Mello (Palmeiras)

Palmeiras: Jailson; Tchê Tchê, Antônio Carlos, Thiago Martins e Victor Luís; Felipe Melo, Bruno Henrique (Moisés) e Lucas Lima (Guerra); Dudu, Willian (Deyverson) e Keno.
Técnico: Roger Machado.

Santos: Vanderlei, Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz, Dodô; Alison, Renato (Leandro Donizete), Rodrygo (Jean Mota); Sasha (Diogo Vitor), Arthur Gomes e Gabigol.
Técnico: Jair Ventura.