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Cássio e Jailson se enfrentam em alta e acendem até debate sobre seleção

Cássio e Jailson fazem um duelo particular na final entre Corinthians e Palmeiras - Daniel Vorley/AGIF e Thiago Fernandes/Estadão Conteúdo
Cássio e Jailson fazem um duelo particular na final entre Corinthians e Palmeiras Imagem: Daniel Vorley/AGIF e Thiago Fernandes/Estadão Conteúdo

Diego Salgado e Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

30/03/2018 04h00

A primeira final do Campeonato Paulista, neste sábado (31), na Arena Corinthians, colocará frente a frente goleiros que foram heróis nas sofridas classificações de suas equipes na semifinal e chegam com o moral lá em cima para os clássicos decisivos. O corintiano Cássio e o palmeirense Jailson são dois dos principais personagens do duelo e chegam até a protagonizar entre torcedores um debate sobre seleção brasileira.

O começo de ano instável de Cássio, com falhas e desempenho abaixo do apresentado em 2017, resultou na perda da vaga na seleção brasileira na última lista de Tite antes da relação final para a Copa do Mundo. Além do titular Alisson e do reserva imediato Ederson, o treinador preferiu chamar Neto, do Valencia, como terceiro goleiro - posto que vinha sendo de Cássio em convocações do ano passado.

Agora, o camisa 12 novamente começa a se destacar no Corinthians. Diante do São Paulo, no duelo que garantiu o time na final contra o Palmeiras, ele defendeu os chutes de Diego Souza e Liziero na disputa por pênaltis. As boas exibições recentes apontam para a retomada do nível mostrado em 2017, quando recuperou a vaga de titular de Walter. Em melhor forma e mais ágil, o goleiro foi um dos líderes da equipe em momentos decisivos, com defesas importantes nas campanhas vitoriosas do Paulista e do Brasileiro.

Do lado alviverde, Jaílson vem em uma trajetória excepcional. Em 2014, o goleiro estava na reserva do Ceará quando foi contratado pela equipe paulista. Superou a desconfiança e brilhou nas oportunidades que teve para substituir Fernando Prass em 2016 e 2017, botando o ídolo no banco no ano passado. 

Uma lesão rara na região do quadril, porém, o tirou de ação no segundo semestre e colocou um ponto de interrogação sobre seu futuro no clube, que contratou o campeão olímpico Weverton do Atlético-PR por não confiar plenamente nas capacidades físicas de seus dois goleiros veteranos.

O 2018 de Jailson, porém, vem sendo extraordinário. O técnico Roger Machado surpreendeu ao anunciá-lo como titular desde o início da temporada, e ele tem correspondido com atuações gigantes no gol alviverde.

Na semifinal contra o Santos, fechou o gol no jogo de ida e pegou o pênalti decisivo de Diogo Vitor na disputa da partida de volta. Isso tudo depois de só conseguir atuar graças a um efeito suspensivo concedido pelo TJD, já que ele ainda tem um jogo a cumprir do gancho de três partidas recebido por incidentes no clássico contra o Corinthians, em fevereiro.

Jailson, aliás, corre o risco de ficar fora da segunda partida da decisão caso o TJD, que julga seu recurso na terça-feira (3), não diminua sua pena. O Palmeiras, porém, ainda pode recorrer ao STJD e pedir novo efeito suspensivo para garantir seu titular na finalíssima. O certo é que, pelo menos neste sábado, ele e Cássio protagonizarão um duelo particular de gigantes na Arena Corinthians.