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Juiz justifica ação de 5º árbitro e nega influência em revisão de pênalti

Jogadores de Palmeiras e Corinthians cercam Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza - THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Jogadores de Palmeiras e Corinthians cercam Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza Imagem: THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

09/04/2018 11h43

Responsável por apitar a partida que deu o título do Campeonato Paulista ao Corinthians, nesse domingo (9), no Allianz Parque, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza negou que o quinto árbitro do jogo influenciou sua decisão de voltar atrás após marcar pênalti de Ralf em Dudu. Segundo sua versão, o juiz reserva teria apenas auxiliado na comunicação entre os membros do quarteto.

Após dividida entre Ralf e Dudu na grande área defendida por Cássio, Marcelo marcou pênalti para o Palmeiras. Os jogadores do Corinthians iniciaram pressão sobre o árbitro. Imagens do Esporte Interativo e da ESPN mostram o quinto árbitro correndo para falar com o quarto neste momento.

Marcelo se defende dizendo que o quarto árbitro havia falado "canto" no momento do lance polêmico para indicar que Ralf havia tocado na bola e que, em sua interpretação, seria apenas escanteio.

O lance polêmico gerou pressão das duas partes e da torcida, o que, segundo Marcelo, foi fundamental para que a comunicação entre os árbitros ficasse confusa. De acordo com ele, o quinto árbitro interveio apenas para avisar ao quarto de que o juiz principal procurava quem havia sugerido o escanteio.

"É uma equipe, a interferência do quinto árbitro é porque ele conseguiu ouvir o que eu queria falar. Eram muitos jogadores falando ao mesmo tempo. O que menos estava (sofrendo interferência) era o quinto árbitro. Assim como eu só consigo ouvir quando escuto 'canto', mas quem falou 'canto'? A partir daí, o quarto árbitro também não consegue ouvir porque está sofrendo pressão dos jogadores do Corinthians", explicou Marcelo, em entrevista à ESPN.

Em meio à polêmica, a final ficou parada por cerca de dez minutos. O árbitro admite que o procedimento não foi ideal e culpa a dificuldade de comunicação causada pela pressão dos jogadores.

"O procedimento não foi o ideal. Eu fui ao meio-campo para que juntasse todos e pudesse ouvir. Mesmo distanciando dos jogadores, eles não conseguiram ouvir. Eu chamo, mas ninguém consegue me ouvir. O quarto árbitro passou e achou que eu tivesse ouvido", contou.

Em entrevista à “Band”, Marcelo Aparecido disse estar com a consciência tranquila com a decisão. De acordo com ele, o que o faria perder o sono seria o campeonato ser decidido com uma decisão errada dele.

“O que estou tranquilo é que a decisão foi correta. Minha consciência está tranquila porque a decisão foi correta. Fico chateado pela confusão que aconteceu, mas com a consciência tranquila. Estaria com a consciência pesada, tiraria meu sono, se o campeonato tivesse sido decidido por uma decisão errada”.

No jogo em questão, o Corinthians venceu o Palmeiras por 1 a 0. Depois, nos pênaltis, fez 4 a 3 e garantiu o título paulista.