Ataques contra FPF diminuem pressão em Galiotte em ano de eleição
Os ataques à Federação Paulista de Futebol após a derrota na polêmica final do Estadual serviram para que Maurício Galiotte não ficasse no foco no Palmeiras. No clube, todos apontam para a arbitragem como o principal responsável pelo vice-campeonato em casa diante do principal rival.
A atitude ajuda o presidente a ser menos pressionado pelo Conselho em um ano eleitoral. No último trimestre, os sócios decidirão se o mandato será estendido por mais dois anos ou se a oposição sairá vencedora. Ainda não há nome dos concorrentes definido.
A maior pressão em cima do cartola foi feita por um grupo de conselheiros que pediu o rompimento total com a FPF. À noite, o clube respondeu de maneira oficial fazendo exigências e dizendo que não participará de eventos e reuniões da entidade enquanto não tiver os pedidos atendidos.
No clube, há a certeza de que houve uma interferência externa. O vídeo editado pelo Esporte Interativo, que mostra o quinto participando da cena de cancelamento do pênalti em Dudu, é constantemente usado como indício da ajuda de fora das quatro linhas. Também há reclamações pelo fato de o árbitro do dérbi ter ficado de fora até mesmo da premiação oficial do torneio.
Em contrapartida, a FPF mantém a posição de que os árbitros acertaram. Na festa da última segunda-feira, inclusive, o presidente do grupo que comanda o futebol paulista diz que o campeonato teve como marca a capacitação dos juízes.
O rompimento significa uma mudança brusca no comportamento de Galiotte com o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos. Desde quando assumiu, o palmeirense era um dos principais aliados da entidade, com direito a pacto contra a Liga Sul-Americana e outro para diminuir um movimento anti-CBF.
Internamente, a FPF acredita que o rompimento será breve e que terá uma solução assim que “a poeira abaixar”. O discurso e as atitudes foram vistas como exageradas por boa parte dos membros da entidade.
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