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Oscar Roberto Godói

É revoltante esperar 4 minutos para a decisão do VAR

O árbitro Rodrigo Nunes de Sá durante Vasco e Flamengo, nas finais do estadual do Rio-2019 - Thiago Ribeiro/Agif
O árbitro Rodrigo Nunes de Sá durante Vasco e Flamengo, nas finais do estadual do Rio-2019 Imagem: Thiago Ribeiro/Agif

15/04/2019 13h25

Por que tanta demora para observar a jogada no VAR, dialogar com o árbitro e tomar a decisão final? Seria capricho, incompetência ou obediência? É revoltante ficar aguardando, em média, quatro minutos para chegar a uma conclusão, seja certa ou errada. Percebe-se que está havendo muita discussão e divergências entre cabine e campo e, pior, omissão do árbitro, único com o poder de decidir.

Não seria mais prático e rápido o árbitro se dirigir para o monitor e rever o que aconteceu, sem interferências de quem não viu o que só o árbitro pôde ver no momento em que o lance se desenvolveu? As orientações no Brasil estão sendo confusas ou dadas de acordo com o momento, ou seja, a situação faz a ação.

A arbitragem do Luiz Flávio de Oliveira no jogo São Paulo 0 x Corinthians 0, primeiro da decisão do Paulistão-2019, foi cuidadosa no aspecto disciplinar e acabou satisfazendo os dois times. Ficou nítido que o cartão vermelho seria mostrado apenas em situações muito graves.

Dois lances, ambos com a participação dos integrantes do VAR, chamaram a atenção. Entendo que o árbitro acertou em não marcar pênalti para o São Paulo após chute de Everton Felipe e a bola bater no braço de Ralf. Na jogada em que Hudson agarra a camisa de Henrique, o árbitro errou em não marcar pênalti para o Corinthians.

Lamentável o comportamento da torcida do São Paulo ao gritar bicha para Cássio, toda vez que o goleiro colocava a bola em jogo. Qual o objetivo, desestabilizar emocionalmente quem já tem sua orientação sexual definida? Babaquice de torcedor que não deixa de ser um cidadão só porque está num estádio de futebol.

Torcedores do Atlético-MG também estão revoltados com os integrantes do VAR e com o árbitro carioca Wagner Magalhães por não terem marcado os dois pênaltis que Dedé fez na mesma jogada, no jogo do Galo contra o Cruzeiro. Agarrou a camisa e depois o pescoço do adversário, levando a melhor para cabecear uma bola. O Cruzeiro teve um gol anulado. A bola bateu no braço de Fred. A regra para punir esse tipo de lance só entrará em vigor dia 1º de junho.

Absurda mesmo foi a decisão final do árbitro Rodrigo Sá na decisão do Rio entre Vasco e Flamengo. Bruno Henrique fez um gol legítimo que foi anulado depois de ser revisto no monitor. O atacante do Fla recebe a bola do adversário Werley. A interpretação inicial foi correta e, equivocadamente, corrigida com erro.

Pior mesmo só o VAR ficar fora do ar dos 28 minutos do segundo tempo até o encerramento do jogo. Há coisas que só acontecem no Rio de Janeiro. Incompetência ou obediência?

Oscar Roberto Godói