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Oscar Roberto Godói

Jogo não deve ser reiniciado sem autorização após parada para VAR

Arbitragem brasileira resolveu cumprir a regra que pune goleiro que se adianta para defender pênalti, com expulsão de Agenor, do Fluminense - Malcon Robert/AGIF
Arbitragem brasileira resolveu cumprir a regra que pune goleiro que se adianta para defender pênalti, com expulsão de Agenor, do Fluminense Imagem: Malcon Robert/AGIF

27/05/2019 13h33

Tanto quanto os jogadores, os árbitros brasileiros também estão aprendendo a apitar os jogos com o uso da tecnologia do VAR. A decisão convicta de uma interpretação inicial está sendo modificada para o certo ou errado após análise das imagens por ângulos e velocidades diversas.

No jogo Botafogo e Palmeiras, surgiu a primeira situação, observada pelo clube carioca, que contraria o regulamento da utilização do VAR com a postura do árbitro do campo. Após aguardar uma paralisação natural ou interromper o jogo para receber as orientações dos árbitros da cabine, o jogo não deve ser reiniciado sem autorização.

Pelas imagens percebe-se que o árbitro consentiu com o reinício do jogo, autorizando ou não verbalmente, quando ele se desloca acompanhando a trajetória da bola na cobrança de falta pelo goleiro do Botafogo, após advertir o palmeirense Deyverson por, no seu entender, ter simulado um pênalti sofrido.

Após observar as imagens, o árbitro Paulo Roberto Alves Junior optou pela marcação, equivocada, de pênalti a favor do Palmeiras e anulou o cartão. Na jogada em que o mesmo atacante foi punido com impedimento inexistente e a bola sobrou para Dudu marcar, o assistente deveria esperar a definição da jogada e pedir o auxílio do VAR.

Santos e Internacional ficaram no 0 a 0, mas o árbitro Rodolpho Toski deixou de confirmar pênalti de Cuesta em Rodrygo. Marcou com o apito e voltou atrás após observar as imagens. A arbitragem acertou em anular o gol do Internacional marcado por Paredez. Guerrero estava impedido no início da jogada.

O VAR também foi muito exigido no clássico Corinthians x São Paulo. Arboleda estava impedido e o gol marcado pelo são-paulino foi corretamente anulado. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza expulsou equivocadamente Hernanes e voltou atrás após observar as imagens. O corintiano Sornoza foi advertido por simulação.

O flamenguista Gabigol acabou sendo beneficiado com o erro do árbitro Daniel Bins e fez 1 a 0. O pênalti não aconteceu e o Flamengo venceu o Athletico Paranaense por 3 a 2.

Pênalti deve ser marcado desde que a vantagem, que resulta em gol, não aconteça. O Grêmio fez 1 a 0 com Geromel e o árbitro Rafael Traci optou em beneficiar o infrator. Ao rever as imagens, marcou toque do zagueiro do Atlético-MG. Na cobrança, André chutou para fora.

E não é que alguém da arbitragem brasileira resolveu cumprir a regra que pune goleiro que se adianta para defender pênalti? O mineiro Igor Benevenuto expulsou o goleiro Agenor, do Fluminense, no jogo em que o Bahia venceu por 3 a 2. Tomara que sirva de exemplo aos demais e que, também, tenha a mesma coragem para expulsar o goleiro do time da casa. Será?

Oscar Roberto Godói