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Contrato deve ser assinado no começo de julho e só aí empreiteira entra em ação

Contrato deve ser assinado no começo de julho e só aí empreiteira entra em ação

22/06/2011 - 07h03

Com acordo, mas sem assinatura, Inter reduz ritmo das obras no Beira-Rio

Jeremias Wernek
Em Porto Alegre

A definição da construtora Andrade Gutierrez como parceira do Internacional na reformulação do estádio Beira-Rio já completou mais de um mês. Mas as partes ainda não assinaram o contrato. Com o impasse, mudança no cenário. Menos operários, máquinas e movimento de reforma. Mas o clube gaúcho garante que apenas decidiu reduzir o ritmo da obra. O atraso no cronograma também é reconhecido, mas visto como fácil de ser superado.

  • Primeiro módulo da nova arquibancada (foto) já está toma forma. Mas foi feito com recursos do clube. Plano é não gastar mais, já que em breve construtora assume as ações e não dará retorno aos custos de cerca de 12% da reformulação do estádio. Parceria foi anunciada pelo Internacional na primeira quinzena de maio. Releia a matéria

Atualmente, poucas ações visando a cobertura do estádio ou a construção da nova arquibancada acontecem, ao olho nu. A explicação do Inter é lógica. “Paramos por uma deliberação do clube, do presidente. Não tem sentido continuar gastando nossos recursos já que não vamos ter retorno no futuro”, disse ao UOL Esporte o 1º vice-presidente e integrante da Comissão de Obras, Luís Anápio.

“Na realidade, não paramos as obras. Reduzimos o ritmo”, remendou o cartola. “O ritmo de nossas ações está bem mais lento”, completou o raciocínio. A reformulação do Beira-Rio foi centro de polêmica e debate político no Inter no começo deste ano. Com o plano original de tocar a obra sem ajuda de terceiros, o clube acabou cedendo a pressão do Comitê Organizador Local e também da Fifa para buscar um parceiro.

O reflexo direto, então, veio no orçamento. Antes, erguer uma arquibancada mais próxima do gramado, reformar vestiários, construir suítes e camarotes – além de levantar cobertura em todo o estádio, custaria 150 milhões de reais. Agora, com a parceira, o projeto passa a valer mais de 250 milhões de reais.

“O contrato deve ser assinado no começo de julho. Ali nos primeiros dias, na primeira semana”, garantiu Anápio. A demora além do esperado para que a parceria saia da teoria e passe para o papel, para a prática, se dá por motivos burocráticos. "É apenas ajuste de algo aqui e ali, pura burocacia", acrescentou o dirigente colorado. Mesmo definindo que não houve parada, apenas mudança na velocidade das obras, o integrante da direção admitiu um atraso no cronograma.

“Agora o cronograma está atrasado, sim. Mas isso, com a assinatura do contrato e o início das atividades da construtora, é recuperado em dois toques”, opinou. Nos cálculos do Inter, entre 10 e 12 % das obras já foram realizadas.


 

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