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Sem projeto em prática, verba recebida por sindicato fica em conta de Mustafá Contursi

Sem projeto em prática, verba recebida por sindicato fica em conta de Mustafá Contursi

31/08/2011 - 09h14

Governo dá R$ 6,2 milhões a cartolas por projeto não cumprido, diz jornal

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Em um projeto para realizar o cadastramento de torcidas organizadas visando a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, o Ministério do Esporte contratou sem licitação um sindicato de dirigentes de futebol liderado pelo ex-presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, e destinou R$ 6,2 milhões para um plano que não saiu do papel e o próprio grupo contratado admite não saber se sairá.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério do Esporte assinou contrato com o Sindicato Nacional das Associações de Futebol (Sindafebol) no dia 31 de dezembro do ano passado e liberou toda a verba para a entidade no dia 11 de abril para que fosse desenvolvido o cadastramento de torcedores, mas até hoje nada saiu do papel.

Quando assinou os termos do contrato, o Sindafebol se declarava apto a cadastrar 500 mil torcedores e informou ao ME que havia contratado a empresa Mowa Sports por R$ 3,3 milhões para criar o software de cadastramento, mas a empresa nega ter emitido qualquer nota fiscal ao grupo de dirigentes.

“A Mowa Sports esclarece que não emitiu nenhuma nota fiscal ao Sindicato Nacional das Associações de Futebol Profissional ou ao Ministério dos Esportes, nem recebeu nenhum pagamento relacionado ao assunto em referência. A Mowa Sports tinha todo o interesse em participar do projeto ‘Torcida Legal’, e desenvolver ações de mobilidade digital, porém deixou de ser procurada meses atrás pelos responsáveis”, informou a empresa em nota oficial.

Agora os R$ 6,2 milhões recebidos do Ministério do Esporte estão parados em uma conta bancária controlada por Mustafá Contursi, que trabalha ao lado de dirigentes ligados a clubes de futebol e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O ex-presidente do Palmeiras afirma que a entidade analisa se poderá cumprir o contrato.

“Dissemos ao ministério que nunca tínhamos feito isso. O sindicato não tinha experiência, e se colocou à disposição do ministério”, afirma Mustafá Contursi.

“Estamos avaliando nossa capacidade operacional. Não aconteceu ainda porque estamos fazendo o levantamento da operacionalidade”, completa o dirigente da entidade que havia emitido ao Ministério do Esporte uma garantia de que poderia cumprir com o projeto.

A ligação entre Mustafá Contursi, o Sindafebol e o Ministério do Esporte para o projeto teria sido feito com Alcino Reis, assessor especial de futebol do ministro Orlando Silva.

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