Obra no terminal de passageiros possibilitará a oferta de 15,4 mil "leitos flutuantes"

Visando a Copa, governo dá início a licitação de R$ 325 milhões para ampliar porto de Santos

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) abriu licitação para execução das obras de reforma e ampliação do cais de Outeirinhos, no porto de Santos (SP). Investimento programado para aprimorar a infraestrutura do país para receber a Copa do Mundo de 2014, a obra será custeada com recursos do PAC-Copa (Programa de Aceleração do Crescimento) e irá possibilitar que até seis navios de passageiros atraquem simultaneamente no porto, disponibilizando até 15,4 mil "leitos flutuantes" na cidade, distante 77 quilômetros de São Paulo.

Serão construídos 1.320 metros de cais que demandarão cravação de 682 estacas, cerca de 85% em leito rochoso, com comprimentos em média de 30 a 40 metros. Os serviços deverão gerar cerca de 600 empregos diretos, segundo a Secretaria dos Portos. Todo empreendimento está avaliado em R$ 325 milhões. 

A licitação, na modalidade de concorrência pública pelo menor preço oferecido, poderá contar com a participação de empresa individual ou sociedade regularmente estabelecida no país ou, ainda, consórcio de empresas de engenharia com experiência em obras similares, desde que com  capital social mínimo de R$ 30 milhões. A previsão de entrega da obra é  dezembro de 2013.

Segundo José Roberto Serra, presidente da Codesp, “a obra deverá colocar Santos pelo menos entre os cinco maiores portos em movimentação de passageiros  no mundo”. Além de aumentar a capacidade do porto, as obras irão atenuar o desconforto por que passam os passageiros do porto atualmente. Há casos de navios que atracam em cais a até um quilômetro e meio do terminal onde ocorrem os registros de embarque ou desembarque, tornando o processo de transferência da bagagem moroso e cansativo.

Na última temporada, o Porto registrou total de 1,1 milhão de passageiros em 284 escalas, atingindo taxa média de crescimento de 30% por temporada , gerando receita total de cerca de R$ 230 milhões. Com a obra concluída, possibilita-se o crescimento da oferta para até 2,5 milhões de passageiros por temporada.

De acordo com nota técnica do Ibama, o empreendimento foi classificado como de baixo impacto, dispensando a elaboração de EIA-Rima.  O licenciamento ambiental está vinculado à Regularização Ambiental do Porto de Santos, encaminhado ao IBAMA em 31 de agosto.

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