Obras no estádio Vivaldão, em Manaus. É a cidade-sede mais distante da região sudeste
A CBF se preocupou muito em distribuir grandes jogos por todas as sedes da Copa do Mundo no Brasil. Entretanto parece ter ignorado o fato de que o país tem dimensões continentais, e que isso será um grande transtorno para as equipes que tiverem jogos em cidades muito distantes. As federações europeias já mostraram desagrado com a situação.
Só na fase de grupo, algumas seleções terão de viajar mais de 6.000 km. O próprio Brasil terá que percorrer 5.505km nessa fase. "Todos os aeroportos vão ter de funcionar muito bem e a logística terá de estar perfeita para que esse plano [de fazer as seleções percorrerem todo o país] dê certo", disse um alto cartola da Uefa que não quis se identificar, ao Estado de São Paulo.
O presidente da Federação Espanhola de Futebol, Angel Maria Villar, já manifestou opinião contrária a locais que a CBF teria escolhido para servir como base às seleções. Na reunião de ontem da Fifa, jornalistas ingleses calculavam a distância que algumas seleções teriam de percorrer.
Estão todos preocupados e a pressão é grande. Mudanças poderão ocorrer. Resta saber o que a CBF priorizará; ou as seleções, que viajarão por longos trajetos, ou as cidades-sede, que 'lutam' para abrigar grandes partidas e tentar fundamentar os investimentos gigantescos.