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Presidente do Brasil Dilma Rousseff fala na cerimônia do sorteio das eliminatórias da Copa 2014

Presidente do Brasil Dilma Rousseff fala na cerimônia do sorteio das eliminatórias da Copa 2014

31/10/2011 - 06h00

Deputados marcam dia 8 para questionar secretário da Fifa e Ricardo Teixeira

Roberto Pereira de Souza
Em São Paulo

Está marcado para o próximo dia 8 de novembro o encontro dos deputados que debatem o projeto da Lei Geral da Copa e os cartolas que representam a Fifa, como o secretário-geral Jérôme Valcke e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, que também chefia o Comitê de Organização Local.  

Teixeira terá outro compromisso importante esta semana, na Polícia Federal do Rio de Janeiro. Intimado a depor em inquérito que apura sua autoria em crime de lavagem de dinheiro na gestão empresa Sanud, o dirigente da CBF tem prazo até sexta-feira para explicar detalhes de sua empresa, por ordem do Ministério Público Federal.

Em Brasília, a semana agitada começa com a audiência dos parlamentares com a diretoria do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), nesta terça-feira (01). O encontro pode gerar confronto tendo o marketing do futebol globalizado como alavanca: os deputados terão de estabelecer os limites para a proteção das marcas e símbolos da Fifa, englobando embalagens de dezenas de produtos.

Valcke beija Teixeira: os dois são esperados em Brasília

  • André Mello/Agência O Dia

    Dos arquivos do Inpi, constam processos de proteção de marca, que proíbem o uso de expressões como Copa, Copa do Mundo, Brasil 2014 etc. A Fifa pede proteção de marcas em embalagens de carne de caça e até de cutelo de açougueiro. Caberá ao Inpi listar todos os produtos que serão proibidos de utilizar as marcas protegidas e quais serão essas marcas e símbolos.

    Mas, no terreno político nada ocupará mais a agenda dos deputados, até a reunião do dia 8, que a proibição ou não da meia-entrada para idosos e estudantes. Amparada pelo Estatuto do Idoso, a presidente Dilma Rousseff disse a Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, que as leis federais não seriam alteradas. O consumo de bebidas alcoólicas também será foco de atenção dos deputados.

    No encontro com Valcke, em Bruxelas, na primeira quinzena de outubro, a presidente Dilma deixou em aberto outro aspecto: os estudantes dependem da aprovação do Estatuto da Juventude para garantir o direito adquirido à meia-entrada.

    A polêmica já foi analisada pelo ex-ministro Orlando Silva, semana passada, quando compareceu à comissão que analisa a Lei Geral da Copa. “Temos a possibilidade de usar o recurso do ingresso social, que seria vendido a um preço menor a trabalhadores e até a estudantes”,  previu o então ministro. “Claro que a decisão será do Congresso. O projeto é do Executivo, mas a aprovação será do Congresso”, explicou.

A Lei da Copa prevê ainda enquadramento legal para iniciativas de guerrilha de mercado. A Fifa usa terminologia inglesa para coibir os empreendedores de última hora. “Ambush marketing”, ou marketing de emboscada será punido com penas alternativas e multa, desde que denunciado.  A técnica usa métodos de improviso para burlar a proibição ao uso das marcas da Fifa e dos conceitos associados.

Holandesas fazem o sensual marketing de emboscada

 Exemplo: um restaurante decide pintar seu bar com um nome de produto, que não é parceiro comercial da Fifa. Estando na chamada área restrita de acesso a estádios (essas medidas também deverão ser aprovadas pelos parlamentares), esse marketing é visto como de emboscada, porque só os parceiros da Fifa podem anunciar dentro desse perímetro.

O marketing invasivo ou de intrusão também será enquadrado pela LGC. O fenômeno já foi usado na Copa da Alemanha, quando belas torcedoras holandesas usaram camisetas cor de laranja, tentando vender a marca da cervejaria Bavária. As lindas moças foram retiradas do estádio, logo após serem focalizadas pela TV Fifa e exibidas ao mundo todo.

Romário e Bebeto já posaram para fotos mostrando o número 1 com o dedo indicador, lembrando de uma marca brasileira que era vendida como a “cerveja número 1”. Como jogadores da Seleção,  que não era mpatrocinada pela cervejaria, o caso virou processo judicial.

A comissão parlamentar que analisa  a LGC deve votar o texto do relator Vicente Cândido (PT/SP) no dia 6 de  dezembro. Antes disso os parlamentares farão seminários  públicos em seis cidades-sede da Copa-2014

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