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Ricardo Teixeira cumprimenta Aldo Rebelo em sua posse, há cerca de três semanas

Ricardo Teixeira cumprimenta Aldo Rebelo em sua posse, há cerca de três semanas

20/11/2011 - 11h04

Ministro do Esporte defende exigências da Fifa, mas nega amizade com Ricardo Teixeira

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Empossado no último dia 31 de outubro, após a saída conturbada de Orlando Silva, que deixou o cargo sob denúncias de corrupção, o novo Ministro do Esporte já deixa claro que não baterá de frente com a Fifa. Em entrevista ao jornal Lance!, publicada neste domingo, Aldo Rebelo (PC do B) disse que não considera exageradas as exigências da entidade maior do futebol para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Por outro lado, fez questão de mostrar distanciamento de Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa).  

Perguntado se a Fifa vem exigindo demais para o Mundial no país, Rebelo foi enfático. “Não”, respondeu. “Tenho de procurar cumprir, de acordo com aquilo que foi firmado. O que há são interpretações diferentes”, alegou o Ministro, para depois defender a entidade. “Não podemos é achar que a Fifa é uma espécie de Otan (organização militar entre EUA e parte da Europa) que está querendo invadir o Brasil”, comparou ele.

Entre as várias questões que vêm atrasando a aprovação da Lei Geral da Copa no Congresso, uma das mais polêmicas é sobre o direito à meia-entrada para estudantes e idosos nos jogos do Mundial. No último dia 8, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, esteve em Brasília para uma audiência na Câmara e propôs uma nova solução, que funcionaria como uma cota social, barateando os ingressos para uma parcela da população. A ideia, porém, não foi totalmente aprovada por Rebelo.

“Não sei se resolve. A Copa vai ocorrer num país com muita desigualdade social. Não podemos permitir uma festa tão grande sem que uma parcela comprovadamente pobre participe”, discursou o Ministro.

Presidente da CPI da CBF/Nike há cerca de dez anos, quando fez duras críticas a Ricardo Teixeira, então acusado de receber propina, o agora Ministro rechaçou uma provável reaproximação com o mandatário do futebol brasileiro. “Aproximação...? Ah, é? Não sabia”, desconversou Rebelo, que foi cumprimentado efusivamente por Teixeira em sua posse. “Não tenho amizade e nem inimizade”, definiu o Ministro.

Mesmo fugindo das polêmicas, Rebelo ainda admitiu que os estádios da Copa no Brasil devem custar mais caro do que a média dos últimos Mundiais. “Estive olhando preços. No caso da Eurocopa de Portugal (em 2008), da Copa da Alemanha (2006), os preços foram menores do que aqui. Não sei se isso foi resultado do tempo previsto para as construções”, comentou.

Há pouco mais de três semanas no cargo, Rebelo já começou uma reformulação na pasta antes comandada por Orlando Silva. Na última segunda-feira, ele anunciou três novos nomes para a sua equipe executiva, sendo a medida mais importante a saída de Wadson Ribeiro. Então secretário nacional do Esporte, ele é suspeito de má gestão de contratos assinados com ONGs em programas sociais.

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