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Realidade virtual: monotrilho de São Paulo para a Copa ficará pronto em 2016

Realidade virtual: monotrilho de São Paulo para a Copa ficará pronto em 2016

26/12/2011 - 06h01

Obra da Copa que liga aeroporto de Congonhas a metrô chega a 2012 sem sair do papel

Vinícius Segalla
Em São Paulo

Apenas uma obra de mobilidade urbana na cidade de São Paulo consta na Matriz de Responsabilidade da Copa, assinada em janeiro de 2010 por União, Estados e cidades-sedes como compromisso assumido para o Mundial de futebol de 2014. Trata-se da Linha 17-Ouro do metrô, um monotrilho que fará a ligação do aeroporto de Congonhas com a rede metroferroviária, de custo previsto em R$ 3,1 bilhões. A obra, porém, que deveria ter começado em junho deste ano, ainda não saiu do papel.

PROMESSAS X REALIDADE

  • Folhapress

    Em julho deste ano, o governador Geraldo Alckmin assinou o contrato para a construção do monotrilho, já informando que a obra não estaria pronta no prazo original, mas garantindo que a maior parte da linha seria entregue até 2014. Em novembro, a promessa caiu por terra; até 2016, só um terço da linha estará funcionando.

Quando 2011 começou, o Ministério do Esporte divulgou um relatório de acompanhamento das obras da Copa. Nele estava escrito que a situação do monotrilho paulista era "adequada". Dizia também que as obras teriam início em junho do mesmo ano e que estariam concluídas em março de 2013. Nada disso aconteceu ou vai acontecer.

A tempo para a Copa do Mundo, apenas pouco mais de um terço da linha, ou 7,7 quilômetros dos 17,7 quilômetros previstos, estarão prontos. Isso levando em consideração a previsão atual do governo paulista, que já é a terceira desde janeiro de 2010. Cada mudança é o anúncio de um novo atraso.

Quando o Estado assinou o compromisso constante da Matriz, a previsão era entregar a obra toda antes da Copa do Mundo. Para tanto, o governo paulista obteve um financiamento de R$ 1,1 bilhão da Caixa Econômica Federal. O valor já está disponível. Já a contrapartida do Estado de São Paulo, de acordo com alteração publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de novembro, caiu de R$ 2,02 bilhões para R$ 799,5 milhões.

A justificativa da Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos é a de que, com a escolha do estádio em construção do Corinthians para sediar a Copa, na Zona Leste da cidade, a conclusão de todo o monotrilho até 2014 deixou de ser prioridade, já que a ideia de construir a linha toda até 2014 só fazia sentido quando o estádio previsto para receber os jogos do Mundial era o Morumbi, destino final da linha.

Com a mudança de estádio, o governo deixou para concluir a obra só em 2016, e só depois da Copa investirá todos os recursos outrora prometidos. 

Mas, para tudo isso acontecer, as obras precisam começar. No último dia 16, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou os projetos de lei 464/2011 e 475/2011, que abrem espaço viário urbano para a  implantação do sistema. Os projetos estipulam planos de melhoramentos nos distritos de Morumbi e Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou no final de julho o contrato para início da construção do monotrilho.  Na assinatura, o Estado já trabalhava com prazos diferentes dos iniciais. O governador prometia entregar o primeiro e o segundo trecho até meados de 2014. O terceiro trecho tinha previsão de entrega para meados de 2015.

Obras para a Copa de 2014
Obras para a Copa de 2014

Desde novembro, as promessas são outras. Só o primeiro trecho será entregue em 2014. Os outros dois têm prazo até 2016, segundo a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos.

A linha 17-Ouro completa terá cerca de 18 km de extensão e 18 estações. O primeiro trecho vai ligar o aeroporto de Congonhas à estação Morumbi da linha 9-Esmeralda (ferroviária) e terá oito estações.

O segundo trecho irá até a linha 5-Lilás (metrô), na estação Água Espraiada. O restante da linha, da estação Morumbi até a estação São Paulo-Morumbi (linha 4-Amarela), passando por Paraisópolis, e o trecho Jabaquara-Brooklin Paulista, é o que se chama de terceiro trecho.

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