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Emissora peruana afasta jornalista que comemorou punição de Paolo Guerrero

Marcos Brindicci/Reuters
Imagem: Marcos Brindicci/Reuters

Da EFE

15/05/2018 06h20

A emissora de TV do Peru "Latina" afastou na segunda-feira de sua programação a jornalista Magaly Medina, horas depois dela ter comemorado nas redes sociais a punição recebida pelo atacante da seleção peruana e do Flamengo, Paolo Guerrero, que o deixou fora da Copa do Mundo da Rússia.

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Através de um comunicado, a emissora expressou que "em momentos como este, em que os peruanos devem se unir como um único time, a 'Latina' e a senhora Magaly Medina decidiram, de comum acordo, que ela se retira temporariamente do ar".

Popular no país, ela escreveu "saúde!" ao compartilhar, em sua conta do Twitter, a mensagem de outra pessoa onde estava escrito que "o carma demora, mas chega, saúde!", após a divulgação de que a Corte Arbitral do Esporte (CAS) havia estendido a punição contra Guerrero.

Magaly também comentou no Twitter que não era hipócrita, ao falar sobre a sanção ao goleador da seleção peruana, ao ritmo de uma música de comemoração.

Em 2008, a jornalista cumpriu uma pena de cinco meses de prisão, por causa de uma sentença por difamação, uma queixa apresentada por Guerrero contra ela, após Magaly Medida ter afirmado que o jogador tinha fugido da concentração da seleção em uma rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da África do Sul, disputada em 2010.

A emissora, que tem os direitos de transmissão do Mundial da Rússia no Peru, acrescentou que a jornalista e a empresa não coincidem neste momento "com a visão e tratamento de temas muito relevantes para o nosso canal e o país".

"A participação da senhora Medina será definida quando encerrar a Copa do Mundo", finalizou o comunicado da "Latina".

Capitão da seleção peruana, Paolo Guerrero divulgou um vídeo nas redes sociais direcionado para "as pessoas que contribuíram para esta vergonhosa injustiça" dizendo que eles estão lhe "roubando" a sua participação na Copa do Mundo e provavelmente também sua carreira profissional.

"Espero que consigam dormir em paz. Estou estudando com meus advogados para decidir os próximos passos", afirmou o jogador, de 34 anos, após tomar conhecimento da punição de 14 meses imposta pelo CAS.

Paolo Guerrero testou positivo por benzoilecgonina - principal metabolito da coca e derivados como a cocaína - em um exame antidoping realizado após o empate em 0 a 0 entre Peru e Argentina no dia 5 de outubro de 2017 no estádio da Bombonera, em Buenos Aires.

Inicialmente, a Fifa o puniu com um ano, contando a partir do dia 3 de novembro de 2017, mas posteriormente seu comitê de apelações reduziu a pena para seis meses.

Porém, o atacante recorreu em uma audiência ao CAS no último dia 3, em Lausanne (Suíça), para reivindicar sua completa absolvição, na mesma data em que encerrava sua punição de seis meses. Simultaneamente, a Agência Mundial Antidoping (Wada) pediu uma ampliação da punição de um a dois anos.

O jogador reiterou: "não consumi nenhum tipo de droga ou substância proibida, jamais tive vontade, porque nunca me chamou a atenção e sempre fui profissional".

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