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Brasil com Jesus e quarteto no ataque ganha "voto de confiança" de Tite

Tite faz anotações durante treino da seleção brasileira; treinador manteve a equipe mesmo após empate na estreia - Lucas Figueiredo/CBF
Tite faz anotações durante treino da seleção brasileira; treinador manteve a equipe mesmo após empate na estreia
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Danilo Lavieri, Dassler Marques, João Henrique Marques, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Petersburgo e Sochi (Rússia)

20/06/2018 20h00

Os três pontos esperados não vieram na estreia do Brasil diante da Suíça pela Copa do Mundo no último domingo, mas o empate em 1 a 1 ainda não deve causar mudanças na equipe. Tite treinou nesta quarta-feira com os mesmos 11 que iniciaram o Mundial e deve repetir a escalação nos treinamentos desta quinta e no confronto de sexta, diante da Costa Rica, em São Petersburgo. É um "voto de confiança" do treinador, que nem por isso significa tranquilidade para os eleitos.  

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Apesar de analisar o resultado na estreia com tranquilidade, Tite não ficou 100% satisfeito com o que viu. Depois da partida, reconheceu que nem tudo funcionou da forma ideal, destacando a entrada de Renato Augusto como organizador e a boa fase vivida por Roberto Firmino, reserva de Gabriel Jesus.

“Casemiro levou o cartão. Não substituo só por isso, mas dois ou três movimentos em seguida foram perigosos. E tenho um jogador de alto nível no banco como o Fernandinho. Renato é articulador, pensador, e Paulinho não estava em seu melhor dia. E do Firmino, que está muito bem, apesar da movimentação do Gabriel. Firmino está em momento de alta confiança. Os três entraram bem na minha opinião”, disse, no domingo, ao explicar as alterações. Mesmo satisfeito, ele não promoveu nenhum dos três aos titulares. 

Os motivos que levam Tite a manter seus 11, mesmo diante das críticas pontuais, são diversos. Gabriel Jesus não encontrou espaço contra a Suíça, finalizando apenas uma vez e pegando na bola em poucas oportunidades, mas ganha um voto de confiança do treinador. Trata-se, afinal, do principal artilheiro da era Tite na seleção, tendo marcado dez gols em 18 jogos.

O caso do meio-campo é diferente. Paulinho, que foi mal contra a Suíça, é peça importante na estratégia do treinador, e não necessariamente seria a primeira opção para uma eventual mudança no setor. Willian, outro que não brilhou na estreia, está sendo observado de perto e pode ser o primeiro a perder espaço caso Tite opte por desmontar o quarteto ofensivo.

De qualquer forma, as opções para o meio não estão nas melhores condições físicas. Renato Augusto sofreu com uma sobrecarga de treinamentos e chegou a ser dúvida para a estreia, enquanto Fred treinou separado na semana que antecedeu o empate contra a Suíça com um trauma no tornozelo direito. Embora possam jogar, nenhum dos dois está 100% e com ritmo, o que pode fazer a comissão atrasar uma entrada na equipe. 

Tite, por outro lado, também quer evitar mudar o time muito cedo para não afetar a confiança dos jogadores. Eventuais alterações, caso julgue necessárias, devem acontecer da terceira partida, contra a Sérvia, em diante. Até lá, o técnico busca ajustes pontuais de posicionamento e postura, aumentando a pressão na saída de bola e distribuindo mais a saída pelo lado direito (as ações se concentraram em Marcelo e no lado esquerdo no empate da estreia).

O Brasil ainda realiza um treinamento nesta quinta-feira, que deve sacramentar a manutenção do time titular. O confronto diante da Costa Rica será às 9h da sexta-feira, horário de Brasília, em São Petersburgo.