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Crucial em 2014, Ruiz ainda é astro da Costa Rica e alvo de times do Brasil

O meio-campista Bryan Ruiz, capitão da Costa Rica - REUTERS/Dylan Martinez
O meio-campista Bryan Ruiz, capitão da Costa Rica Imagem: REUTERS/Dylan Martinez

Vanderson Pimentel

Do UOL, em São Paulo

21/06/2018 21h00

Se Keylor Navas foi o responsável por segurar os perigosos ataques no "Grupo da Morte" da Copa de 2014, Bryan Ruiz foi o protagonista no setor ofensivo da Costa Rica há quatro anos. Além do gol contra a Itália, que garantiu a seleção nas oitavas de final ainda na segunda rodada do Grupo D, o meia também marcou contra a Grécia na prorrogação, antes de a partida ser vencida pelos Ticos nas cobranças de pênaltis.

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Mesmo tendo mais baixos do que altos nos últimos quatro anos, o camisa 10 chegou ao Mundial da Rússia novamente como capitão e referência da equipe, e inclusive sendo alvo de desejo de clubes brasileiros. E nesta sexta-feira (22), Bryan Ruiz terá a oportunidade de mostrar contra o Brasil, às 9h (de Brasília), se ainda vale o mesmo investimento pelo futebol apresentado na Copa de 2014.

Emprestado ao PSV antes da Copa de 2014, Ruiz convenceu ao Fulham de que merecia uma segunda chance após a disputa do Mundial e por ter feito 5 gols em 13 jogos no futebol holandês, onde já havia feito sucesso em 2009 e 2011, pelo Twente.

Por mais que tenha atuado em 32 partidas da segunda divisão inglesa, seus cinco gols o deixaram na reserva na maior parte da temporada, e o clube de Londres não fez jogo duro quando o Sporting ofereceu pouco mais de 1 milhão de euros para contratar o costarriquenho, em julho de 2015. Em sua primeira temporada pelo clube de Lisboa, o jogador foi teve bom desempenho atuando como atacante, fazendo 13 gols em 43 jogos. Entretanto, aos poucos o jogador foi perdendo espaço na equipe de Jorge Jesus.

Reserva desde 2016, o costarriquenho fez apenas 5 gols pelo clube nos últimos dois anos e passou a frequentar menos o banco de reservas por um episódio pouco normal. No ano passado, Ruiz e o ítalo-argentino Ezequiel Schelotto entraram em atrito com o técnico português por não seguirem a ordem de se usar caneleira durante os treinos do Sporting. Apesar da saída de Schelotto para o Brighton, Bryan seguiu na equipe portuguesa, com quem tem contrato até o próximo dia 31.

Se em clubes sua carreira apresentou uma considerável queda, na seleção Ruiz ainda é referência. O jogador de 32 anos ajudou a Costa Rica a chegar na segunda posição nas Eliminatórias da Concacaf com 3 gols. Em 2016, ele também foi eleito o melhor jogador pela federação continental.

Vai jogar no Brasil?

Mesmo não vivendo a mesma fase de quatro anos atrás, o costa-riquenho ainda goza de prestígio no Brasil pelo seu desempenho na Copa que ocorreu no Brasil. Quando ainda jogava no Fulham, em 2015, o jogador foi alvo do Grêmio, que sequer chegou a fazer uma proposta por conta dos altos rendimentos que seu estafe pedia.

Três anos depois, Bryan Ruiz voltou a ganhar espaço no mercado da bola brasileiro. O jogador, que ficará sem clube a partir de julho, já foi oferecido ao Santos. Apesar de o nome ter agradado ao técnico Jair Ventura, os vencimentos do atleta, que ao todo custariam cerca de R$ 600 mil ao clube praiano, complicam a negociação de evoluir. O Atlético-MG foi outro clube que procurou o estafe do jogador, e também se assustou com os valores.

Apesar das complicações financeiras e de uma possível concorrência com o Besiktas, o Santos ainda cogita tentar a contratação do atacante. Perguntado recentemente sobre a possibilidade de atuar no Brasil, Bryan Ruiz deixou o futuro em aberto. "Pode ser, pode ser. Pode ser em qualquer time".

Capitão e camisa 10 da Costa Rica, Bryan Ruiz seguirá com prestígio em sua seleção independentemente do resultado da partida desta sexta-feira. Mas caso consiga ter um bom desempenho, seu nome voltará a ser falado por torcedores que sonham com reforços para o restante da temporada no Brasil.

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