Número de cartões pode decidir vaga nas oitavas da Copa. Veja como funciona
Com os grupos da Copa do Mundo se aproximando de uma definição, uma situação bastante inusitada está no horizonte de algumas seleções, incluindo o Brasil. O equilíbrio em algumas chaves pode fazer com que a vaga nas oitavas de final acabe tendo que ser decidida por uma novidade nos critérios de desempate da Fifa: o ranking de fair play, montado pelo número de cartões recebidos por cada time.
Na fase de grupos, se dois times empatam em pontos, o desempate é feito pelos seguintes critérios, nesta ordem: saldo de gols, número de gols marcados, confronto direto e fair play. Este último está sendo implementado pela primeira vez em 2018. No passado, depois do confronto direto, a definição costumava ir direto para o sorteio.
Funciona assim: cada cartão recebido faz com que o time perca pontos. Um amarelo causa a perda de um ponto; um vermelho que resulta de dois cartões amarelos tira três pontos; um vermelho direto faz perder quatro pontos; e por fim, se um jogador recebe um amarelo e depois um vermelho direto no mesmo jogo, sua equipe perde cinco pontos.
No caso do Brasil, a possibilidade de chegar a essa situação é remota. Exemplo: a seleção teria que perder da Sérvia na última rodada e a Suíça precisaria perder da já eliminada Costa Rica, sendo que a derrota brasileira teria que ser por um gol a mais de diferença que os suíços. Além disso, tanto Brasil como Suíça teriam que fazer o mesmo número de gols. Atualmente, o time de Tite está com -3 pontos no ranking (cartões para Casemiro, Coutinho e Neymar), e a Suíça com -4 (Lichtsteiner, Schär, Behrami e Shaqiri foram amarelados).
Já no grupo B, o fair play tem mais chances de ser um fator decisivo. Espanha e Portugal estão rigorosamente iguais em todos os critérios de desempate, com quatro pontos, saldo +1, quatro gols marcados e igualdade no confronto direto (empataram por 3 a 3). Se os resultados das duas contra, respectivamente, Marrocos e Irã forem iguais na última rodada, o fair play vai desempatar. Os espanhóis levam vantagem, com -1 (cartão para Busquets) contra -2 (Adrien Silva e Bruno Fernandes).
O grupo D também pode ter que apelar para os cartões para um eventual desempate entre Argentina e Islândia. Se os sul-americanos vencerem a Nigéria por 2 a 0 e os islandeses vencerem a Croácia por 2 a 1, por exemplo, eles ficam iguais em tudo. No momento, no fair play, melhor para a Islândia, que não tomou nenhum cartão em dois jogos, enquanto os argentinos tomaram três (Mercado, Otamendi e Acuña).
É importante lembrar também que, desde a Copa de 2010, os cartões amarelos não são mais zerados após a primeira fase. A contagem só zera para as equipes que chegarem na semifinal, para evitar que um atleta fique suspenso para a final por acúmulo de cartões. Ou seja, quem tomou amarelo na primeira fase fica pendurado até o jogo das quartas de final. Aquele "cartãozinho bobo" pode acabar custando bem caro na Copa do Mundo.
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