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Tite diz não precisar de arbitragem para vencer e espera uso "justo" do VAR

Dassler Marques, João Henrique Marques, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Petersburgo (Rússia)

22/06/2018 12h28

O técnico Tite se mostrou incomodado com a atuação do árbitro de vídeo nas duas partidas da seleção brasileira na Copa do Mundo. Depois da polêmica envolvendo o gol da Suíça na estreia, a equipe teve um pênalti anulado após uso da tecnologia na vitória por 2 a 0 sobre a Costa Rica, nesta sexta-feira (22).

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Na visão de Tite, o lance envolvendo Neymar seria pênalti. A polêmica aconteceu aos 32 minutos do segundo tempo, quando o atacante brasileiro tentou dar um drible em González e caiu. Inicialmente, o árbitro marcou pênalti. Ao consultar a tecnologia, voltou atrás na decisão.

A crítica do treinador, contudo, é sobre uma possível falta de coerência na utilização da tecnologia no futebol.

“Tanto pode dar como não dar, falando eu, Adenor. Com uma pitada um pouco mais do que aquele do Gabriel Jesus [na estreia], que falei que era interpretação. Se sou eu, árbitro, cal, mas respeito [a marcação desta sexta] porque é passível de interpretação. Não precisamos de arbitragem para vencer jogo, mas esperamos que seja justa. Que tal qual foi olhado hoje, seja olhado lá antes, que se interprete como quiser, mas olhe. Não queremos auxilio. Queremos ganhar sendo mais competentes”, afirmou.

O lance envolvendo Gabriel Jesus citado por Tite aconteceu no empate por 1 a 1 com a Suíça. Na ocasião, o atacante caiu na área reclamando de um pênalti cometido por Akanji. O árbitro mandou a partida seguir e não recorreu à televisão na beira do campo para revisar o lance.

Apesar das críticas à utilização do árbitro de vídeo, Tite se mostrou satisfeito com a postura dos jogadores brasileiros na partida. O treinador aprovou o fato de, na visão dele, os atletas terem reclamado pouco das decisões dos árbitros.

“Com todo o componente nesses dois jogos, fiquei contente que a equipe não reclamou. Tivemos reunião com [o ex-árbitro Wilson Luiz] Seneme, ele disse ‘não reclamem’. Que façam como fez, de forma justa, vai lá e olha. Dá de acordo com o critério. Para mim, errou, eu teria dado [pênalti em Neymar]. Quando dá a finta, fica de frente ao gol, fica claro. O toque retira dele a possibilidade de finalizar. É pênalti, mas foi lá olhar, interpretou, vamos embora. Isso é justo. Mas não se preocupar com arbitragem, se preocupar em criar”, completou.