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Alto nível e intensidade de Modric desafiam Kroos a "resgatar" Alemanha

Toni Kroos, volante da seleção da Alemanha, teve atuação sem destaque contra o México - Axel Schmidt/Reuters
Toni Kroos, volante da seleção da Alemanha, teve atuação sem destaque contra o México
Imagem: Axel Schmidt/Reuters

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

23/06/2018 04h00

Luka Modric é um dos principais jogadores da Copa do Mundo nestas duas primeiras rodadas. Ele foi eleito como o melhor em campo nas vitórias por 2 a 0 e 3 a 0 da Croácia diante da Nigéria e da Argentina, fez gols nestas duas partidas e desponta como protagonista de uma seleção sólida e já classificada às oitavas de final. Mais do que estatísticas ou premiações, o camisa 10 croata chama atenção pelo alto nível técnico e intensidade de sua atuação. Todos estes elementos estão bem distantes do que apresentaram até agora jogadores mais badalados, como um companheiro dele de Real Madrid, Toni Kroos.

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A cobrança feita ao alemão é justamente por desempenho e intensidade, que não foram vistos na derrota por 1 a 0 dos europeus contra o México, na abertura do Mundial na Rússia. A Alemanha volta a jogar neste sábado, às 15h, contra a Suécia, e Kroos é uma das esperanças para mudar o cenário de passividade visto na estreia.

O camisa 8 alemão correu 11,7 km na estreia da Copa do Mundo, acertou três finalizações e cometeu uma falta de acordo com os números da Fifa. Ele também errou dois cruzamentos, três chutes, dois lançamentos e não mostrou a capacidade técnica que o fez vencer a Liga dos Campeões pelo Real Madrid como melhor passador da competição. Antecipado em diversos momentos, Kroos perdeu posses de bola e ficou mais preso para armar jogadas por trás, como também já vinha ocorrendo no Real.

Modric - Elsa/Getty Images - Elsa/Getty Images
Parceiro de Toni Kroos no Real Madrid, Luka Modric foi o melhor em dois jogos da Copa do Mundo
Imagem: Elsa/Getty Images

Quem ganhou no clube com a alteração de posicionamento foi Modric, mais solto para criar e chegar ao ataque, como se reflete na Copa do Mundo pela Croácia. Na estreia foram 50 passes certos e quatro errados, uma finalização certa e três faltas sofridas e no duelo contra a Argentina mais 35 passes certos e quatro errados, duas assistências para finalização, uma finalização certa e mais três faltas sofridas, média de 9,89 km percorridos e mais eficiência que o alemão até o momento.

Um dos motivos para Kroos não ter "funcionado" contra o México foi a dificuldade da seleção para acelerar o jogo com a bola no pé, muito em razão do desempenho de Khedira e Ozil, jogadores que têm a titularidade contestada atualmente. Outro elemento é a ausência de uma peça que receba a bola de Kroos e crie espaços na velocidade e no improviso, inclusive para facilitar as penetrações do camisa 8. A ausência de Leroy Sané, do Manchester City, na lista de convocados de Joachim Low, chama atenção também por isso.

O desafio que pode decidir o destino da Alemanha na Copa do Mundo será neste sábado, às 15h, contra a Suécia - a seleção nórdica tem três pontos, assim como o México, enquanto a Coreia do Sul foi derrotada na primeira rodada da mesma forma que a Alemanha.

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