Dos comerciais aos jogadores, 7 a 1 rondou o Brasil durante toda a Copa
As campanhas publicitárias anunciavam desde o início, e a Copa do Mundo confirmou: quatro anos depois, o 7 a 1 sofrido diante da Alemanha ainda é uma sombra para a seleção. Antes, durante e depois da participação de Tite e companhia na Rússia a maior tragédia da história do futebol foi lembrada.
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Patrocinadores da CBF, Itaú e Gatorade puxaram a fila com comerciais em tom de superação. O banco utilizou a mesma campanha publicitária de 2014 com a adição de frases de incentivo como “um povo que quer acreditar de novo” e “dessa vez vai ser diferente”. A marca de isotônico lançou um comercial em que os jogadores “apagavam” as críticas da eliminação para a Alemanha com o suor do trabalho dos treinamentos.
A sombra da campanha de 2014 constantemente dava as caras também nas entrevistas coletivas antes e durante a Copa da Rússia. Entre os jogadores e a comissão técnica, a postura era de “seguir em frente”, sem negar o que acontecera no Mundial no Brasil.
“Não estamos aqui para comparar (com 2014), já passou. Mas pelo momento que tem vivenciado, vivido, claro que é melhor que o outro. Um momento de confiança, equilíbrio, de estar sempre concentrado. Em quatro anos se aprende muita coisa, faz parte do futebol”, disse Paulinho, um dos remanescentes, dias antes da estreia contra a Suíça.
A primeira partida, inclusive, reviveu diversos fantasmas da campanha de 2014. Autor do gol contra na estreia daquela vez, Marcelo foi o capitão contra os suíços. Marcado pelo choro contra o Chile, Thiago Silva ganhou respaldo de Tite e assumiu a titularidade em 2018. Nos dois casos, a escolha esteve ligada à experiência da dupla, mas a lembrança do exame de quatro anos antes fez ambos serem questionados sobre o que aconteceu.
Na partida em que sacramentou a eliminação do Brasil, seis remanescentes de 2014 foram titulares (Thiago Silva, Marcelo, Fernandinho, Paulinho, Willian e Neymar), um recorde desde que Tite assumiu. Deles, apenas o zagueiro deixou o Mundial com atuações elogiáveis.
A queda fez com que o assunto “7 a 1” voltasse à pauta pela última vez, ao menos em solo russo. Marcelo e Paulinho adotaram discursos semelhantes e afirmaram que a eliminação para a Bélgica era mais difícil de digerir que a goleada sofrida para a Alemanha.
“Para mim as duas foram difíceis. A de 2014 foi muito complicada, mas essa está sendo mais difícil, mas vamos seguir”, disse o volante antes de deixar o estádio em Kazan.
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