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Copa 2018

Galã islandês e zoações a Neymar lideram números das redes sociais na Copa

"Pebolim do Neymar" é um dos memes criados sobre o jogador - Reprodução/Twitter
"Pebolim do Neymar" é um dos memes criados sobre o jogador Imagem: Reprodução/Twitter

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Moscou (Rússia)

18/07/2018 07h52

Mesmo após o final da Copa do Mundo, os desdobramentos do maior evento esportivo do planeta ainda são assunto em todos os cantos. E especialmente nas redes sociais, que tiveram na disputa de 2018 a sua maior repercussão na breve história. Ainda novidade em 2010, a África do Sul, e em expansão em 2014, durante a disputa no Brasil, redes como Facebook, Instagram e Twitter viveram seu auge no torneio da Rússia. E os números mostram isso.

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Imagens de segundos em transmissões de TV geravam interações imediatas em milhões de pessoas ao redor do mundo. Foi este cenário que deu ao islandês Rurik Gislason o maior crescimento na rede mundial de computadores durante a Copa.

Com pouco mais de 32 mil seguidores no Instagram antes de a bola rolar, ele ganhou 300 mil fãs no Instagram em dois dias após ser apontado como o “galã” do Mundial na estreia da seleção contra a Argentina. As câmeras não tiravam o foco do jogador da Islândia, que ganhava milhares de fãs a cada segundo na TV.

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Ao final do Mundial, Gislason já ultrapassava a marca de 1,3 milhão de seguidores em seu perfil pessoal, em um crescimento de 3.962%. Para se ter uma ideia, tal número é três vezes maior que a população do país de origem do “galã”.

"A Copa é o principal evento esportivo do mundo, o que gera maior audiência e envolvimento ao longo de toda competição. Esta não é a primeira Copa do Mundo com a presença das mídias sociais, mas talvez seja a que mais repercutiu. O crescimento dos canais oficiais das seleções e jogadores mostram a identificação, idolatria e referência que eles possuem frente às torcidas do mundo inteiro. A Copa vai muito além da competição dentro das quatro linhas. As misturas culturais, os comportamentos e a integração dos povos são encantadores e ter como mensurar isso tudo através de ferramentas de marketing é incrível. Através das mídias, o contato com o desconhecido e com estes costumes diferentes e curiosos é enriquecedor. E o mais importante na visão do marketing digital, é o grande desafio de como as marcas, patrocinadores e clubes podem trabalhar frente a essa popularidade, seja para o bem ou paro o mal", explicou o CEO da Buzzer Digital, Ricardo Perrotta, responsável pelo levantamento detalhado nas redes sociais durante os dias de disputa da competição.

Quem também chamou a atenção nas redes sociais, claro, foi Neymar. A imagem arranhada após a eliminação do Brasil se confirmou em números e dados de pesquisas. As cinco expressões mais utilizadas em buscas na internet diziam respeito à zoações e polêmicas sobre quedas após as inúmeras faltas sofridas pelo craque.

"Neymar flop [fracasso ou algo que não deu certo]", "Neymar roll [queda e rolo em campo]", "Memes do Neymar", "pisão Neymar", "memes Neymar Copa", "Neymar caindo" e "memes do Neymar" eram os assuntos mais pesquisados por aqueles que buscavam se informar sobre a seleção brasileira.

Mesmo com a imagem desgastada, Neymar teve um aumento de 7% nos fãs do Instagram e se tornou a primeira celebridade brasileira a superar a marca de 100 milhões de seguidores no Instagram. Foi também pela rede social que o atacante fez seu único pronunciamento após a eliminação da seleção.

Tunísia surpreende

Entre as seleções, quem chamou a atenção foi a surpreendente Tunísia. Discretos em campo, os africanos saíram de míseros três mil fãs no Instagram para 44 mil. O aumento de 2.095% é o maior entre as seleções participantes.

Em segundo lugar, a anfitriã Rússia, que fez bela campanha e chegou às quartas de final, teve 331,5% de aumento de fãs (pulando de 149 mil para 643 mil). Em seguida, a finalista Croácia mostrou aumento de 137,5% (160 mil para 380 mil). O destaque negativo ficou com a seleção do Irã, que teve incríveis 25% de queda no número de seguidores, de 230 mil para 160 mil.

Mesmo eliminada, o Brasil teve desempenho considerado satisfatório nas redes sociais. A CBF obteve 35% de aumento de seguidores no Instagram (2,8 milhões para 3,8 milhões), além de ganhar 100 mil fãs no Twitter.

Quarteto brilha também fora de campo

Por fim, assim como ocorreu dentro de campo, o quarteto formado pelo francês Mbappé, o croata Modric, o inglês Harry Kane e o goleiro belga Courtois também brilhou nas redes.

O jovem francês companheiro de Neymar no Paris Saint-Germain pulou de 8,6 milhões para 13,8 milhões de seguidores no Instagram – no Twitter, onde se destacou em mensagem reverenciando Pelé, saltou de 1 milhão para 1,6 milhão. O fato curioso foi a semelhança com o ex-goleiro Dida ter sido o assunto mais pesquisado no Brasil.

Melhor jogador da Copa, Luka Modric teve aumento de 20% de seguidores no Instagram. Harry Kane ganhou mais de 1,5 milhão de seguidores e viu a esposa, Katie Goodland, ser um dos assuntos mais pesquisados no Google. Courtois fecha a lista com um aumento de um milhão de seguidores na mesma rede.

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