Blatter se lamenta por escândalos na Fifa, mas diz que "futebol não está em crise"
Nos últimos dias, a Fifa foi assolada por uma série de acusações de suborno e irregularidades. Nesta segunda-feira, Joseph Blatter, presidente da entidade, comentou sobre os últimos acontecimentos e se lamentou pelo ocorrido. O dirigente admitiu que a entidade passa por problemas, mas negou qualquer crise no futebol.
“Lamento o que aconteceu nas últimas semanas, e isto nos causou um grande dano A Fifa precisa cuidar de sua imagem. O futebol não está em crise Estamos passando por algumas dificuldades, mas elas serão resolvidas dentro de nossa família”, afirmou Blatter em entrevista coletiva concedida na sede da entidade, na Suíça.
O presidente da Fifa fez questão de destacar que o processo de escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo-2022 foi legítimo. “Não há dúvidas quanto a isso”, afirmou, negando qualquer tipo de irregularidade na votação.
Nos últimos dias, as suspeitas de que o Qatar teria sido privilegiado para receber o Mundial se fortaleceram. Neste domingo, Jack Warner, presidente da Concacaf e vice-presidente da Fifa, afirmou que recebeu um e-mail de Jérôme Valcke, secretário geral da Fifa, no qual tratava do assunto.
Valcke teria sugerido que o Qatar havia “comprado” a Copa-2022. Nesta segunda-feira, o secretário geral reconheceu que escreveu a Warner sobre o tema, mas em um tom “mais ameno”. Ele também negou ter acusado o país asiático de oferecer propina para ganhar o direito de organizar o Mundial.
As suspeitas de corrupção atingiram Warner e Mohammed bin Hammam, presidente da Confederação Asiática (AFC) e ex-concorrente à presidência da Fifa. Os dois dirigentes foram suspensos de quaisquer atividades relacionadas ao futebol.
As eleições da Fifa serão realizadas nesta quarta-feira (1º). Blatter, livre das acusações de corrupção, tem o caminho livre para assegurar mais um mandato.
O grupo também considerou Ricardo Teixeira e outros três dirigentes “limpos” de quaisquer acusações de suborno. O presidente da CBF era suspeito de ter recebido propina em benefício da candidatura da Inglaterra para sediar a Copa do Mundo-2018. A Rússia foi o país escolhido para organizar este Mundial.
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