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Dirigente acusado de corrupção pede para que membros da Concacaf votem em Blatter

Jack Warner, presidente da Concacaf, foi suspenso após ser suspeito de envolvimento em corrupção - Arnd Wiegmann/Reuters
Jack Warner, presidente da Concacaf, foi suspenso após ser suspeito de envolvimento em corrupção Imagem: Arnd Wiegmann/Reuters

Das agências internacionais

Em Miami (EUA)

31/05/2011 11h56

Suspenso após ser acusado de envolvimento em um escândalo de corrupção, Jack Warner pediu para que os membros da Concacaf votem em Joseph Blatter na eleição presidencial da Fifa. Curiosamente, o dirigente havia criticado o suíço e afirmou que Blatter teria oferecido suborno em troca de votos.

Warner, presidente da Concacaf, havia afirmado que Blatter oferecera uma doação de US$ 1 milhão à entidade. O dinheiro seria uma forma de assegurar o apoio das federações do Caribe e das Américas do Norte e Central a Blatter na eleição presidencial da Fifa, que será realizada nesta quarta. (1º).

Além do voto para Blatter, Warner fez outra recomendação aos membros da Concacaf: durante o congresso da Fifa, eles não deveriam pedir para que a suspensão do dirigente fosse revogada.

Warner foi suspenso por seu suposto envolvimento no escândalo de compra de votos para a eleição presidencial da Fifa. Mohammed Bin Hammam, presidente da Confederação Asiática (AFC), também teria participado do esquema.

De acordo com a imprensa britânica, os dois dirigentes teriam oferecido presentes no valor de US$ 40 mil às federações em troca de votos. Bin Hammam, ex-candidato à presidência da Fifa, também foi suspenso de todas as atividades ligadas ao futebol.

Warner se envolveu em outra polêmica. Ele revelou ter recebido um e-mail de Jérôme Valcke, secretário geral da Fifa, no qual sugeria que o Qatar teria comprado o direito de organizar a Copa do Mundo-2022. Valcke admitiu que realmente tratou do assunto com o presidente da Concacaf, mas em um “tom menos formal”.

Investigado pelas denúncias de que teria tentado comprar votos, Blatter foi inocentado pela comissão de ética da Fifa. O suíço ficou com o caminho livre para obter mais um mandato à frente da entidade.