Topo

Blatter se define como "capitão" e diz que irá resolver problemas da Fifa

Em congresso, Joseph Blatter disse ter o dever e a responsabilidade colocar a Fifa de volta ao caminho - Michael Probst/AP
Em congresso, Joseph Blatter disse ter o dever e a responsabilidade colocar a Fifa de volta ao caminho Imagem: Michael Probst/AP

Das agências internacionais

Em Zurique (Suíça)

01/06/2011 06h48

Joseph Blatter está pronto para assegurar mais um mandato como presidente da Fifa. Candidato único ao cargo, o suíço falou nesta quarta-feira o que irá fazer para limpar a entidade que comanda o futebol mundial. O dirigente se definiu com um “capitão” e assegurou que a série de escândalos de compras de votos, que manchou a imagem da Fifa, irá acabar.

Horas antes de sua reeleição, Blatter aproveitou um congresso realizado pelos cartolas para dizer que os problemas da entidade serão resolvidos internamente. “Nós sabemos que a Fifa é um navio em águas turbulentas. Eu o vejo em apuros, mas acredito que este navio pode ser colocado de volta à rota”, explicou o suíço.

“Eu sou o capitão deste navio. É meu dever e responsabilidade colocar a Fifa de volta ao caminho, mas só posso fazer isso com a ajuda das 208 associações nacionais”, completou.

“Vocês são os donos da Fifa. Vocês são o corpo decisivo. Estou certo de que podem me acompanhar na ideia de resolver os problemas da Fifa, para reforçar o que já temos”, disse Blatter.

O presidente da Fifa, acusado de querer comprar votos para assegurar sua reeleição, foi uma das pessoas investigadas nos últimos dias. No entanto, Blatter acabou inocentado pelo comitê de ética da entidade. Outros envolvidos no caso, porém, não tiveram a mesma “sorte”. O suíço se beneficiou do escândalo, pois o seu rival no pleito para a presidência da Fifa [Mohammed Bin Hammam] foi afastado.

Eleição acontecerá nesta quarta

O congresso da Fifa rejeitou a proposta da Federação Inglesa de atrasar a eleição presidencial. A intenção era evitar que Joseph Blatter vencesse como candidato único para chegar ao seu quarto mandato. A proposta britânica foi negada com 172 votos contra e somente 17 a favor, em uma votação que teve participação dos delegados das associações nacionais.