Fifa rejeita queixa de iranianas por polêmica sobre uniforme com véu islâmico
A Fifa rejeitou as reclamações da federação de futebol do Irã após a equipe de futebol feminino ser banida da partida contra a Jordânia pelas Eliminatórias para as Olimpíadas de Londres. O motivo da discórdia foi o véu que cobre a cabeça das atletas, proibido pela entidade por “razões de segurança”.
De acordo com a entidade, o Irã foi avisado sobre a norma antes da partida e a seleção jordaniana, valendo-se do regulamento, negou-se a disputar a partida com as adversárias vestindo o véu, proibido desde 2007. As iranianas chegaram a chorar em campo, mas não retiraram a vestimenta.
O islamismo prega que as mulheres devem cobrir a cabeça quando saem a público e o tema tem sido motivo de entreveros com a Fifa. A federação do Irã chegou a redesenhar os uniformes e imaginou que tivesse chegado a um termo aceitável, mas o banimento contra a Jordânia (declarada vencedora do confronto por 3 a 0) reacendeu a discussão.
Os iranianos também reclamaram da escolha de um árbitro barenita para a partida. O país é um crítico declarado da repressão violenta da monarquia muçulmana sunita do Barein contra as manifestações pró-democracia da maioria xiita nos últimos meses.
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