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Mano testa dez armadores, mas elege 90min de Ganso como decisivos

Mano faz de Ganso seu intocável no grupo mesmo com apenas um jogo disputado - Divulgação
Mano faz de Ganso seu intocável no grupo mesmo com apenas um jogo disputado Imagem: Divulgação

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Thales Calipo

Em São Paulo

08/06/2011 07h01

Mano Menezes testou dez meias de armação desde que assumiu o comando da seleção brasileira, mas elegeu como intocável um jogador que esteve em campo apenas uma vez em sua equipe e que passou a maior parte dos últimos meses no departamento médico. Convocado pelo técnico para a Copa América na terça-feira mesmo sem estar atuando, Paulo Henrique Ganso vai ao torneio na Argentina como o intocável da atual geração, o especialista de uma função específica.

MEIAS TESTADOS POR MANO

PAULO HENRIQUE GANSO (Santos)
HERNANES (Lazio)
GIULIANO (Na época no Internacional)
CARLOS EDUARDO (Rubin Kazan)
PHILIPPE COUTINHO (Inter de Milão)
DOUGLAS (Grêmio)
RONALDINHO (Na época no Milan)
THIAGO NEVES (Flamengo)
RENATO AUGUSTO (Bayer Leverkusen)
JADSON (Shakhtar Donetsk)

Ganso atuou com Mano apenas na partida de estreia do treinador, em 10 de agosto de 2010, na vitória sobre os Estados Unidos em New Jersey. Naquele amistoso, o santista acertou a trave em um disparo de longe, fez o time andar e foi substituído por Jucilei no minuto final.

Depois disso, Ganso sofreu uma grave lesão no joelho e Mano, sem seu primeiro da lista entre os armadores, o técnico colocou em campo outros nove jogadores da mesma função. Entre novatos e nomes de passado na seleção, como Ronaldinho Gaúcho, ninguém convenceu a ponto de conseguiu preencher a lacuna deixada pelo santista.

Por isso, Mano Menezes esperou até o último instante pela recuperação de Ganso, agora de uma lesão muscular, para fechar o grupo da Copa América. Depois de atuações de pouco brilho no setor nos amistosos contra Holanda e Romênia, o treinador se viu diante da pressão de apostar em um jogador de histórico médico recente dos mais complicados.

“Ele só atuou com a gente na nossa estreia, uma partida apenas, contra os Estados Unidos. É pouco, mas mesmo assim penso que ele é o jogador que reúne o maior número de detalhes a favor, o mais completo para essa função, de armar a equipe dessa maneira que pensamos”, disse Mano após a vitória sobre a Romênia no Pacaembu.

Durante a mais recente recuperação de Ganso, o departamento médico da seleção, chefiado por José Luiz Runco, ouviu os colegas de área do Santos em algumas oportunidades. A última delas na terça, horas antes da definição da lista para a Copa América.

 

A jovem estrela do Santos voltou a jogar em 12 de março, contra o Botafogo de Ribeirão Preto,  seis meses depois de lesionar gravemente o joelho esquerdo. Ganso sofreria uma nova contusão em 8 de maio, desta vez muscular na perna direita, no primeiro jogo da final do Paulista contra o Corinthians.

A expectativa é que Ganso volte a jogar pelo Santos na decisão da Libertadores. A previsão mais realista é que o meia dispute apenas a partida de volta da decisão com o Peñarol, no dia 22 de junho, no Pacaembu. Mano confia que o santista recupere as condições ideais de jogo até a estreia na Copa América.

“Para jogar esse segundo jogo da final, o Ganso terá que treinar forte pelo menos uns dez dias. Depois disso, até a nossa estreia na Copa América, mais uns dez dias. Acho que será o tempo necessário de ele estar em condições”, afirmou o treinador pouco depois de anunciar seu lista para competição.