Edmundo aguardará habeas corpus e não se apresentará à prisão nesta terça

Nesta terça-feira, o juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, expediu o mandado de prisão para Edmundo, comentarista da Bandeirantes, devido ao acidente de carro causado pelo ex-atleta em 1995, que resultou em três mortes. Entretanto, o advogado do ex-jogador, Arthur Lavigne, entrará com um habeas corpus logo nas primeiras horas da manhã desta quarta e seu cliente não irá se apresentar até lá.

“Foi tudo muito rápido. Agora, só amanhã (quarta-feira) poderemos tomar alguma atitude. Vamos entrar com um pedido de habeas corpus logo cedo. O Edmundo não se apresenta hoje (terça-feira) e vai ficar em casa esperando o desenrolar da questão”, disse Arthur Lavigne, em entrevista ao UOL Esporte.

Segundo o advogado de Edmundo, o caso já está prescrito desde o último mês de maio. Entretanto, em nota emitida no Portal Judiciário do Rio de Janeiro, foi revelado que o juiz negou a alegação de prescrição, que impedia a prisão do vascaíno, e determinou que o novo mandado fosse formulado.

“O juiz não entendeu que estava prescrito, mas para a gente a prescrição já existe desde maio de 2010”, destacou Lavigne.

Na verdade, Edmundo já havia sido condenado a quatro anos e meio de prisão em 1999, em regime semi-aberto, mas ainda respondia em liberdade. O acidente ocorreu na Lagoa, Zona Sul do Rio, na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995.

A batida de carro resultou nas mortes de Joana Maria Martins Couto, Carlos Frederico Britis Tinoco e Alessandra Cristini Pericier Perrota. Ainda ficaram feridas Roberta Rodrigues de Barros Campos, Débora Ferreira da Silva e Natascha Marinho Ketzer.

Na noite do acidente, Edmundo estava em seu carro com mais quatro amigas antes de bater no Uno. Uma das companheiras do ex-atleta morreu na tragédia (Joana), assim como dois dos passageiros do outro veículo (Carlos e Alessandra).

A polícia concluiu que Edmundo estava dirigindo em alta velocidade no momento da batida, e o jogador foi acusado de triplo homicídio culposo. O atleta chegou a alegar que havia sido fechado pelo Uno, mas foi condenado mesmo assim.

Os advogados do “Animal” ainda conseguiram sua liberdade provisória e depois ele foi liberado graças a uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).