Sem estratégia de mercado, Fla pode seguir órfão de patrocinador até dezembro
Sem um patrocinador master desde a estreia de Ronaldinho, no dia 2 de fevereiro, o Flamengo se vê em uma sinuca de bico no que diz respeito ao espaço mais nobre do seu uniforme. Cinco meses já passaram e nenhum contrato foi fechado. A divergência de ideias domina os bastidores, o pessimismo ganha força e o Rubro-Negro corre o sério risco de permanecer até o final do ano sem conseguir vender a sua principal propriedade.
Ronaldinho Gaúcho com a camisa contendo o patrocínio pontual durante a sua estreia pelo Fla
A explicação para o impasse é simples. No início do ano, a diretoria esperava arrecadar, no mínimo, R$ 22 milhões com o patrocinador master, valor pago pela Batavo, antiga parceira. Na linha de não “fatiar” a camisa e descaracterizar o uniforme, pressão dos conselheiros rubro-negros, os dirigentes estabeleceram a meta de buscar algo semelhante para o espaço.
No entanto, o mercado que envolve os patrocinadores dos times brasileiros mostra-se modificado, já que cada vez mais a barra da camisa é usada como aditivo do anunciante principal. Atualmente, os especialistas da área consideram uma “operação de guerra” fechar um contrato master acima dos R$ 20 milhões em um clube de futebol. A orientação é a de ceder à tendência de vender partes do uniforme e chegar ao valor estabelecido inicialmente com o somatório de parceiros.
No Flamengo, a situação não anda no momento pela ausência de uma estratégia clara de mercado. O UOL Esporte apurou que o conselho diretor ainda não definiu de que forma pretende fechar o negócio. Em determinado momento, a venda da barra da camisa vira opção, o que não acontece no minuto seguinte. Desta forma, os postulantes ao espaço aparecem, mas não sabem como formalizar a proposta. Do outro lado, os dirigentes que negociam também não sabem se podem aceitar a oferta em virtude da necessidade de passar pelo crivo dos conselheiros.
Com isso, o clube ainda não aceitou os R$ 15 milhões por um ano da montadora Peugeot. Os dirigentes consideraram o valor baixo, apesar de a barra da camisa aparecer como opção de render mais R$ 6 milhões. Somando-se ao Banco BMG (R$ 8,5 milhões), nas mangas, e TIM (R$ 2 milhões), na parte interna dos números, o clube chegaria aos R$ 31,5 milhões.
A preocupação na Gávea é justificável. Com a chegada do meio do ano, as empresas já trabalham os seus contratos para 2012. Sem o patrocinador em 2011, o Flamengo pode fechar um compromisso para o próximo ano antes mesmo do corrente, o que faria com que o clube permanecesse sem um patrocinador até dezembro, ou cedesse o espaço “de graça” para o futuro parceiro. Desta forma, parte do valor seria recuperada no novo contrato, ou firmando um acordo de “aluguel” da marca até o final deste ano.
Parceira do Flamengo na contratação de Ronaldinho, a Traffic aguarda a decisão da diretoria para saber como proceder nas negociações pelo espaço. Procurado pela reportagem, Henrique Brandão, vice de marketing do clube, não atendeu e não retornou às ligações para esclarecer o caso.
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