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Petraglia pode desistir de candidatura, se sua proposta para Arena não passar

Obras para conclusão da Arena da Baixada, para Copa, esquentam o clima político no Atlético  - Divulgação/Atlético-PR
Obras para conclusão da Arena da Baixada, para Copa, esquentam o clima político no Atlético Imagem: Divulgação/Atlético-PR

Do UOL Esporte

Em Curitiba

25/07/2011 12h47

Em entrevista  concedida na manhã desta segunda-feira, à Rádio Band News, o ex-presidente do Atlético-PR, Mário Celso Petraglia, disse  que pode desistir de sua candidatura, nas eleições de dezembro, caso sua proposta para a conclusão da Arena da Baixada não seja aprovada pelo Conselho Deliberativo.

Os conselheiros se reúnem na noite desta segunda, em sessão que promete ser tensa, pois opositores pretendem encaminhar um pedido de impeachment do atual presidente, Marcos Malucelli

“Se não for aprovada, eu não vou me candidatar. Se querem entregar nosso clube para uma empreiteira por 20 anos, não entregarei meu trabalho para ela levar 50% de tudo. Se for para empreiteira levar metade, estou fora. Se for para fazer grandes times e vencer campeonatos, estou dentro”, declarou.

Oficialmente, a reunião pretende discutir dois assuntos: as propostas das construturas OAS e Triunfo para as obras da Arena da Baixada e a indicação de dois nomes para o Conselho Administrativo, em substituição a Enio Fornea e Yara Eisenbach, que renunciaram.

Petraglia pretende pôr em discussão um plano alternativo para a execução das obras da Arena para a Copa de 2014. Ele não concorda a modelagem em discussão, que prevê a exploração comercial do estádio pela construtora que assumir os trabalhos. O ex-dirigente acha que o clube pode tocar as obras com recursos de empréstimos, que seriam pagos com receitas geradas pelo próprio estádio e verbas de TV.

Ex-aliado de Marcos Malucelli, Petraglia lançou sua candidatura à presidência, depois de ter afirmado que não pretendia mais retornar ao cargo. Ele criticou a postura do adversário quanto à Copa do Mundo, que diz ser um compromisso assumido pelo clube.

“Em nenhuma condição abriremos mão da Copa, até porque é compromisso que eu formalizei com Estado e Município. Os dois parceiros estão cumprindo rigorosamente, quando o mais beneficiado não quer cumprir. Temos 2 anos e 2 meses de inércia. Não sei o que essa diretoria quer. Um dia diz uma coisa e outro dia diz outra. Gostaria de entender”, disse.