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Jogadores da Itália seguem exemplo da NBA e NFL e ameaçam entrar em greve

Francesco Totti, capitão da Roma, também assina a carta pública e ameaça de greve - Filippo Monteforte/AFP
Francesco Totti, capitão da Roma, também assina a carta pública e ameaça de greve Imagem: Filippo Monteforte/AFP

Do UOL Esporte

Em São Paulo

07/08/2011 15h39

A primeira rodada do Campeonato Italiano está prevista para o final de semana dos dias 27 e 28 de agosto, porém ela está ameaçada. De acordo com informações do jornal espanhol As, os jogadores planejam uma greve caso o convênio coletivo não seja renovado.  Recentemente, a NFL, liga de futebol americano, ficou parada e NBA, liga de basquete norte-americana, está em greve e a próxima temporada segue indefinida.

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As especulações envolvendo o nome de Neymar na Espanha continuam a todo vapor. Porém, segundo o jornal Marca deste domingo, o atacante brasileiro está muito próximo de um acordo com o Real Madrid. O clube merengue já marcou até data para apresentação do jogador: 20 de dezembro, dois dias após a disputa do Mundial de clubes da Fifa.

Representantes das 20 equipes da primeira divisão italiana, incluindo nomes como Totti (Roma),  Zanetti (Inter de Milão), Del Piero (Juventus) e Gattuso (Milan), publicaram uma carta pública lembrando do acordo firmado na temporada passada, quando a paralisação do campeonato quase chegou a acontecer em duas oportunidades.

O As divulgou trechos do texto que mostram o descontentamento dos jogadores italianos. “Com o início da temporada esportiva com a partida da Supercopa jogada ontem entre Milan e Inter, os jogadores da Série A (...) querem informar a opinião pública a desconcertante situação atualmente em curso para a renovação do convênio coletivo”.

“Consideramos que sem firmar o acordo coletivo não é possível começar um novo campeonato e por esse motivo estamos convencidos de que a Série A (na qual estão representados os clubes) se manterá fiel aos compromissos assumidos no contrato, já firmado pela Associação de Jogadores no dia 30 de maio de 2011”, informam na carta pública.

O comunicado afirma que os jogadores se sentem prejudicados, que essa confusão é inaceitável. “A consequência disso, pendura por um inadmissível período de desregulação que prejudica nossos direitos. (...) Até pode parecer absurdo, a Itália é o único mais desenvolvido do futebol que não existe normas contratuais precisas em vigor para os seus federados”, reclamam.

A ‘confusão’ começou no início da temporada passada quando Sergio Campana, presidente da Associação de jogadores italianos, avisou que o convênio havia expirado.

O presidente da Série A, Maurizio Beretta, afirmou que a ameaça de greve é um ato insensível. “A greve como estão ameaçando os jogadores é um ato grave e insensível, ainda mais no momento que o país está vivendo. Não podemos esquecer que se trata de 800 jogadores cujo salário médio é de mais de um milhão de euros por ano”, argumentou em entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport.

Beretta afirmou que uma reunião com os clubes estava programada para acontecer dia 1º de setembro, porém agora ela acontecerá de maneira extraordinariamente em 19 de agosto, antes do início do campeonato nacional na Itália.