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Tirone diz que apaga um incêndio por dia e que não tem dinheiro para pagar Valdivia

Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras, enfrenta problemas no primeiro ano de mandato no clube - Thiago Vieira/Folhapress
Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras, enfrenta problemas no primeiro ano de mandato no clube Imagem: Thiago Vieira/Folhapress

Do UOL Esporte

Em São Paulo

22/08/2011 12h00

O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, reagiu de forma bem humorada ao ser questionado sobre o momento turbulento do time alviverde. Ele disse que irá fazer um curso de bombeiro contra as constantes crises no clube.

“Acho que vou até fazer um curso de bombeiro para apagar incêndios, pois apago um por dia no Palmeiras”, brincou o presidente durante o programa Mesa Redonda da TV Gazeta.

Mas Tirone admitiu que ainda não sabe como apagar um dos incêndios deixados pelo ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo no Palmeiras: a dívida que o clube contraiu para pagar o meia Valdivia. "Não tenho dinheiro para pagar o Valdivia. Vamos analisar alguma forma de refinanciar este valor, fazendo uma engenharia com o Banif ou até com outro banco".

Segundo o Blog do Perrone, a estratégia de diretoria do Palmeiras de adiar por dois meses o pagamento de uma carta de crédito de 6.250 milhões de euros no Banif 'caiu por terra' na última sexta-feira, e o clube poderá ser notificado no Serasa, assim como o nome do ex-presidente.

A última notícia que inflamou os bastidores do Palmeiras foi a divulgação do jornal Estado de São Paulo na última quarta-feira que o vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, já teria acertado a chegada do técnico Paulo César Carpegiani para substituir o seu desafeto Luiz Felipe Scolari.

Carpegiani e Frizzo vieram a público para desmentir a informação, enquanto Felipão colocou panos quentes na história. “Eu tenho meus inimigos, conheço meus inimigos, mas não preciso ficar revelando nada. Isso não vai mudar minha relação com a diretoria e nem com os jogadores, porque a relação que eu tenho com as pessoas que trabalho dia a dia é boa”, disse o treinador depois do empate por 1 a 1 com o Bahia na quinta.

Também de acordo com o Blog do Perrone, internamente Felipão ficou muito irritado com o assunto e falou até em colocar um cartaz de boas-vindas para Carpegiani em seu quadro de avisos. Antes, já havia trancado a porta de sua sala, afirmando que lá Frizzo não entra. Assim como o gerente de futebol, Sérgio do Prado.

Mas Tirone atenuou todos os problemas e se mostrou imbuído na tarefa de mostrar que há harmonia entre todos os setores do Palmeiras. “A comissão técnica, a diretoria de futebol e a presidência estão trabalhando em plena sintonia. Não tem nenhum problema entre nós. O que houve foi um mal entendido já solucionado”.