Transplante de fígado em Sócrates gera debate ético entre médicos. Dê sua opinão
Vários médicos consultados por UOL Esporte falam da necessidade de transplante de fígado para o ex-jogador Sócrates voltar a ter uma vida normal. O caso vem sendo discutido por leitores que opinam sobre a fila dos transplantes de fígado para alcoólatras.
A discussão abrange aspectos morais e éticos. A decisão pelo transplante de fígado em pacientes que sofrem de hemorragia por cirrose alcoólica ou provocada por hepatite C considera a doação espontânea e antecipada de pessoas mortas, doação entre pessoas vivas ou ainda recepção de órgãos rejeitados pelo Sistema Nacional de Transplantes, por alguma razão de risco ao receptor.
A doação "intervivos" começou com pais tentando salvar a vida de seus filhos. Os pacientes recebem um pedaço do fígado do pai ou da mãe e podem se recuperar plenamente. O risco continua sendo para o doador, que perde parte considerável do órgão.
Médicos discutem eticamente até que ponto uma pessoa pode ser mutilada para tentar salvar a vida de outra, quando decide doar parte de seu fígado. As complicações sérias ao doador chegam a 15 por cento dos casos. O risco de morte é de 1 por cento para quem doa.
Em casos extremos, mesmo órgãos rejeitados pelo SNT podem ser aproveitados em pacientes com cirrose alcoólica, cujo fígado se encontra bastante comprometido. Nesse caso, o receptor teria o benefício teórico de uma sobrevida de cerca de cinco anos.
A necessidade por tansplante em alcóolatras é minoritária, por volta de 15% dos casos. Mais de 50% dos casos de transplante de fígado é motivada por doenças como hepatite B e C.
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