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Pré-candidatos desconsideram Juvenal e já iniciam processo eleitoral no São Paulo

Pré-candidatos já cobiçam o cargo de Juvenal Juvêncio, atual presidente do São Paulo - Almeida Rocha/Folha Imagem
Pré-candidatos já cobiçam o cargo de Juvenal Juvêncio, atual presidente do São Paulo Imagem: Almeida Rocha/Folha Imagem

Renan Prates

Em São Paulo *

17/09/2011 07h00

As próximas eleições no São Paulo só ocorrerão em 2014. Mas os pré-candidatos já iniciaram o processo eleitoral no clube, apesar de não admitirem, algo que desagrada o atual presidente Juvenal Juvêncio. O mandatário do time tricolor, inclusive, é desconsiderado na disputa, pois todos acreditam que ele não será mais candidato ao quarto mandato consecutivo.

OS PRÉ-CANDIDATOS DO SÃO PAULO

Marco Aurélio Cunha (ex-superintendente): Foi o primeiro a falar em se candidatar e antecipou a disputa em 3 anos
João Paulo de Jesus Lopes (vice de futebol): Nega querer concorrer, mas é visto como candidato pelos colegas
Adalberto Baptista (diretor de futebol): Goza de prestígio com Juvenal, mas diz não ter a pretensão de concorrer
Carlos Augusto de Barros e Silva (Leco, vice geral): Pode ter a última chance de tentar realizar o seu sonho no clube
Júlio Cesar Casares: (vice de marketing): Não admite ser candidato, mas age como tal nos bastidores do São Paulo

O primeiro a admitir publicamente que deve ser candidato foi o ex-superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, em entrevista ao Blog do Menon. “Há muita gente esperando ser ungida pelo Juvenal, esperando ser escolhido por ele, mas a eleição vai ser no voto. E eu sou candidato”, declarou.

Em entrevista ao UOL Esporte, Cunha adotou um discurso mais ameno, talvez ressabiado com as implicações sofridas por ter declarado ser candidato com quase três anos de antecedência.  “Não é que eu seja candidato. Sou um potencial candidato pela história que tenho no São Paulo. O conhecimento, amor ao clube e as minhas raízes me formam como um potencial candidato”, afirmou.

Cunha disse pertencer à situação, mas flertou com a oposição ao dizer que acredita que nomes como Edson Lapolla e Aurelio Miguel possam se unir ao seu projeto, e defendeu a tese de que Juvenal tem que se manter alheio ao processo. “Como grande presidente que ele é, cabe deixar o clube andar pelas suas próprias pernas”.

Outro nome que vem ganhando muita força nos bastidores é o de Adalberto Baptista, que virou recentemente diretor de futebol e tem a simpatia tanto de Juvenal quanto do vice-presidente geral, Carlos Augusto de Barros e Silva (Leco). Mas ele foi enfático ao dizer que não será candidato e até elencou os principais nomes da situação ao pleito.

“Não sou, não pretendo ser e não posso ser. Acho que existem candidatos muito mais capacitados e com história dentro do São Paulo, como o Leco e o João Paulo, para exercer este cargo”, falou.

Citado por Adalberto, o vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, disse não ter nenhuma pretensão de ser presidente por já ter realizado seu sonho no time tricolor: comandar a pasta de futebol. Ele aproveitou a oportunidade para alfinetar a decisão de Marco Aurélio de tornar pública a sua candidatura, em declaração que esquenta a disputa nos bastidores do clube.

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“Fui levado ao São Paulo pelo ex-presidente Laudo Natel, com quem tenho uma relação muito íntima, e aprendi com ele uma coisa: no São Paulo, as pessoas que comandam acabam sendo convocadas. Quem quer, não será nada”.

O atual vice-presidente de marketing do São Paulo, Júlio Cesar Casares, é um nome pouco falado para a presidência, mas que está no páreo. Porém, ele não admite ser candidato e disse achar cedo para discutir isso. “Esse mandato tem muitos desafios a serem cumpridos. Esse é um assunto que oportunamente será discutido mais adiante”.

Apesar de Marco Aurélio querer o contrário, todos os outros postulantes são unânimes em admitir que quem decidirá o seu substituto será mesmo Juvenal Juvêncio. Por isso, os pré-candidatos correm para ter o quanto antes a preferência do mandatário, que assiste a tudo de longe para se pronunciar na hora que achar conveniente.

* Colaborou Ricardo Perrone