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Fotógrafo ganha ação contra Ronaldo por confusão na Copa de 2002 e estuda pedir mais

Ação foi ajuízada porque Ronaldo impediu jornalista de tirar fotos suas em 2002 - Arquivo/Reuters
Ação foi ajuízada porque Ronaldo impediu jornalista de tirar fotos suas em 2002 Imagem: Arquivo/Reuters

Do UOL Esporte

Em São Paulo*

24/09/2011 06h32

Seis anos depois de processar o atacante Ronaldo, o fotógrafo gaúcho José Aveline Neto teve uma sentença positiva. A ação judicial, ajuizada em 2005 após uma confusão durante a Copa do Mundo de 2002, prevê indenização de R$ 10 mil por parte do ex-jogador. O valor ainda vai sofrer reajuste retroativo mensal até junho de 2002. A decisão pode ser modificada, cabendo recurso. O jornalista, inclusive, estuda pedir uma revisão do valor da indenização.

A decisão foi proferida na última segunda-feira, pela juíza Mariana Moreira Tangari Baptista, da 2ª Vara Cível do Foro Regional da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Aveline, porém, só ficou sabendo nesta sexta-feira. A reportagem do UOL Esporte informou ao fotógrafo, que nem sequer foi notificado judicialmente. Apenas consultou a informação processual via internet.

Aveline estuda pedir um reajuste no valor a ser pago. “Vou conversar com meu advogado. Mas é possível que eu peça uma valoração nessa quantia. Me senti humilhado mesmo”, conta.

Aveline e Ronaldo se desentenderam depois da vitória da seleção brasileira em cima da China, ainda na primeira fase. Durante uma festa na Ilha de Jeju, na Coreia do Sul, o jornalista tentou tirar fotos do atacante e foi impedido por seguranças. Se sentindo humilhado, recolheu provas e moveu a ação três anos mais tarde. “Esperei o Ronaldo voltar ao Brasil. Ele ainda estava jogando na Espanha. Antes, eu recolhi provas no local. Até com a polícia de lá. Eu passei como um mero paparazzi”, argumenta.

Bem antes da sentença, o autor foi procurado por um advogado de Ronaldo para tentar um acordo. “Um pessoa se dizendo ligada ao Ronaldo procurou meu advogado. Na época a oferta por um acordo envolvia uma câmera fotográfica de última geração. Valendo, sei lá, uns 50 mil reais”, lembra o jornalista. A oferta não foi aceita.

*Com colaboração de Jeremias Wernek