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Lesão faz meia argentino passar de grande aposta para incógnita no São Paulo

Cañete só atuou 14 minutos em quase dois meses e meio que está no São Paulo - Luiz Pires/VIPCOMM
Cañete só atuou 14 minutos em quase dois meses e meio que está no São Paulo Imagem: Luiz Pires/VIPCOMM

Renan Prates

Em São Paulo

05/10/2011 07h00

Contratado por três milhões de dólares, o meia argentino Marcelo Cañete chegou como a principal aposta do São Paulo para a temporada, principalmente por atuar em uma posição que o clube está carente. Mas a sequência que permanece lesionado transformou a grande promessa em verdadeira incógnita.

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O jovem atleta de 21 anos chegou ao São Paulo no dia 25 de julho, ainda se recuperando de uma lesão no adutor da perna direita. Na Argentina e no Chile, onde passou pelo Boca Juniors e Universidad do Chile, ganhou a ingrata alcunha de novo Riquelme, pela semelhança física e o estilo de jogo parecido com o craque xeneize.

Mas Cañete demorou para ser aproveitado pelo técnico Adilson Batista, que adotou muita cautela quanto ao seu uso em campo. O argentino foi relacionado pela primeira vez no duelo de ida contra o Ceará (10 de agosto) pela Copa Sul-Americana, indo para o banco de reservas por falta de opções devido ao grande número de lesionados na ocasião.

Depois de alguns jogos ouvindo pedidos dos torcedores pela sua entrada, Adilson finalmente cedeu e colocou Cañete em campo aos 34min do segundo tempo da derrota em casa contra o Fluminense (31 de agosto), mas o meia atuou 14 minutos, sentiu a falta de ritmo e teve uma estreia apagada, como ele mesmo admitiu depois.

PÍFIO CONTRA OS POSTULANTES AO BR

  • Lucas Uebel/Vipcomm

    O São Paulo ainda tem muitas chances de conquistar o título brasileiro, mas se ainda não encostou no líder Vasco é porque não conseguiu resolver um problema grave na competição: ter um bom aproveitamento contra os postulantes à taça.

“Sei que não estou pronto para ser titular, me falta muito ainda. Preciso ganhar ritmo de jogo e tenho de treinar duro para isso. Tenho muita gana de devolver esse entusiasmo dos torcedores, e tenho que estar bem fisicamente para ajudar o São Paulo”, afirmou na ocasião.

Setenta e dois dias depois de ter sido apresentado oficialmente, Cañete os mesmos 14 minutos em campo jogados com a camisa do São Paulo. Mas a paciência da diretoria ainda é grande pois, talvez escaldada com o exemplo de Luis Fabiano (demorou quase sete meses para estrear), sabe que a lesão faz parte do cotidiano do atleta de futebol.

Oficialmente, o médico do São Paulo, José Sanchez, explicou que Cañete voltou a sentir a mesma lesão que o tirou de combate quando ele ainda atuava na Universidad do Chile. O doutor considera até a hipótese de o problema do jogador não ter sido bem tratado por seus colegas chilenos.

Mas Sanchez disse também que a previsão é a de que Cañete seja liberado para o trabalho físico com o preparador José Mário Campeiz já nesta quinta-feira, avançando mais uma etapa na sua recuperação. O argentino não tem falado com a imprensa, mas não parece estar desanimado com o tempo sem jogar. Agora resta saber se ele conseguirá dar a volta por cima, vencer as lesões e ser aprovado tanto por Adilson quanto pelo torcedor.