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Sindicato vê Kleber discriminado, teme violência da torcida e cogita briga judicial

Kleber não vem participando das atividades com grupo e faz trabalhos apenas de reforço muscular - Jorge Araújo/Folhapress
Kleber não vem participando das atividades com grupo e faz trabalhos apenas de reforço muscular Imagem: Jorge Araújo/Folhapress

Luiza Oliveira

Em São Paulo

20/10/2011 19h01

O Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo está preocupado com a situação envolvendo Kleber e o Palmeiras. A entidade considera que o atacante está sendo discriminado pelo clube, teme até a violência da torcida e considera que uma disputa judicial pode ser a melhor forma de resolver o caso.

O Sapesp se posicionou a favor do Gladiador após uma reunião com o jogador e seu empresário Giuseppe Dioguardi na tarde desta quinta-feira na sede da entidade. O diretor Luis Eduardo Pinella disse que não pode tomar uma atitude sem a autorização do atleta e o primeiro passo foi orientá-lo.

Ele critica a postura do Palmeiras de não tomar uma decisão efetiva e ficar ‘em cima do muro’ diante da situação. Em sua visão, os treinos em horários alternativos diferentes do restante do grupo caracterizam afastamento, apesar de a diretoria alviverde negar o fato.

“Ele quer resolver a situação. Cabem duas coisas, uma solução pacífica com uma reintegração ou a rescisão contratual. É preciso haver uma decisão para qualquer um dos lados. O discurso dos dirigentes e do Felipão de que ele ‘ele não quer jogar, nem eu quero que jogue’ é maléfico”, disse.

Para Pinella, a postura da diretoria pode até incitar a violência da torcida se os maus resultados persistirem até o fim do Campeonato Brasileiro. “A indecisão não só dificulta, como incita. Se o time começar a perder os jogos, o Kleber pode ser alvo de violência. Os torcedores podem pensar que ele está se negando a defender o clube. A gente não quer que isso aconteça”, disse.

Por tudo isso, a briga judicial passa a ser uma realidade para resolver a situação. O Sapesp até poderia acionar o clube na justiça em nome do atleta se for autorizado.

Após se desentender com o vice de futebol Roberto Frizzo e com o técnico Luis Felipe Scolari e liderar um movimento dos jogadores para não se concentrarem na véspera da partida contra o Flamengo, Kleber passou a treinar separado do grupo. A diretoria, no entanto, nega o termo 'afastamento' com medo que o Gladiador acione a Justiça do Trabalho alegando que está sendo impedido de exercer sua profissão.

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