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Sem dizer o nome da entidade, Galvão critica CBF por amistoso no Gabão

Mauricio Stycer

Crítico do UOL

14/11/2011 16h53

A transmissão da Rede Globo do amistoso entre Brasil e Egito, nesta segunda-feira, começou com críticas duras de Galvão Bueno ao baixo nível dos adversários recentes da seleção e à “vergonha” passada na quinta-feira, 10, no Gabão.

  JONAS FAZ DOIS, E BRASIL VENCE EGITO

  • Mowa Press

    Com um time desfigurado por contusões e liberações de atletas, a seleção brasileira seguiu sem entusiasmar. Mesmo assim, a equipe do técnico Mano Menezes conseguiu o objetivo de vencer o Egito por 2 a 0 e com isso encerrou a irregular temporada com pelo menos uma boa marca, já que o time atingiu a quinta vitória seguida e, agora, volta a campo apenas em fevereiro de 2012, ainda sem adversário definido.

 

As primeiras palavras do narrador, assim que a emissora mostrou imagens do acanhado estádio onde seria disputada a partida, foram: “Até como caiu o nível dos adversários, o Brasil tem jogado em estádios menores”.

 

Galvão, em seguida, referiu-se ao estado do gramado, na verdade, um lamaçal, onde a seleção jogou contra o Gabão, na última quinta-feira, 10. “Não pode o Brasil se sujeitar a usar a camisa amarela naquelas condições”.

 

“Foi um horror”, observou o repórter Mauro Naves, que acompanha a seleção. “É difícil”, complementou Casagrande.

 

As críticas de Galvão chamam a atenção por dois aspectos. Primeiro, porque Cleber Machado e Casagrande, que participaram da transmissão da partida contra o Gabão, até registraram que o estado do gramado era ruim, mas evitaram fazer qualquer crítica à organização do amistoso ou à CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que deixou a seleção jogar naquelas condições.

 

O segundo aspecto é que Galvão criticou a CBF sem citar o nome da entidade ao dizer que a seleção não poderia “se sujeitar” a jogar naquele lamaçal.

 

Dona dos direitos de transmissão das partidas da seleção brasileira, a Rede Globo é parceira comercial da CBF há anos.