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Santos proíbe sushi, pede filé mignon e leva feijão e cozinheiro brasileiro ao Japão

João Henrique Marques

Em Santos (SP)

25/11/2011 06h00

O Santos vai para o Japão e não vai provar um bom sushi. O cardápio do clube para o Mundial de Clubes está definido pela diretoria e os jogadores que vão passar 12 dias na Ásia estão proibidos de provar a culinária local. O receio é a ingestão de temperos que contenham substâncias consideradas dopantes. Por isso, até mesmo um cozinheiro brasileiro, munido de feijão brasileiro, já foi escalado.

Boa parte dos produtos alimentícios será levada do Brasil. O clube também já enviou pedidos aos responsáveis pelas refeições nos hotéis em Nagoya e Yokohama, as duas sedes santistas durante o torneio. A diretoria já encomendou carnes e frangos.

PERMITIDOPROIBIDO
O prato básico para os santistas será arroz, feijão, filét mignon, saladas e verdurasA simples degustação das comidas japonesas estão proibidas. Receio são os temperos
Dois tipos de massa são opções. Como acompanhamento, frango ou peixe.Maioria dos jogadores santistas é adepta ao temaki. Só que ele também está proibido

“Os atletas só vão comer o que nós prescrevermos. Não vão comer sushi, outra comida japonesa, qualquer coisa que não estiver no nosso roteiro. O cardápio foi enviado para os hotéis, e deixamos ele bem abrasileirado. Não tivemos muita dificuldade. O feijão e a farinha de mandioca é que basicamente vamos levar muito daqui”, contou a nutricionista do Santos, Sandra Merouço.

Os maiores pedidos do Santos de encomendas aos próprios japoneses são por massas, batata, arroz, frango e carne bovina.

“Nós percebemos que para eles não é fácil encontrar picanha, por exemplo. Então pedimos o filé mignon, mais acessível. O cardápio foi elaborado por aqui e enviado para eles. Algumas coisas também são do cardápio do próprio hotel. O resto vamos fazer as compras aqui mesmo e levar”, comentou Sandra Merouço.

O objetivo da nutricionista foi manter o cardápio das refeições o mais próximo possível dos jogadores no CT Rei Pelé. A obrigação do elenco é se afastar de experimentos, e saborear apenas pratos tradicionalmente brasileiros.

“Não vejo problema nenhum. Joguei um ano no Japão (2006) e quando morava lá só ia atrás de comida brasileira nos mercados. Não vou sentir falta de sushi. Quero é moqueca de peixe como a que fazem no CT”, disse o baiano Borges.