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Arce visita Grêmio em semana Gre-Nal e defende Felipão da criticas no Palmeiras

Arce concede entrevista em visita ao Grêmio, e também conversou com Felipão - Marinho Saldanha/UOL Esporte
Arce concede entrevista em visita ao Grêmio, e também conversou com Felipão Imagem: Marinho Saldanha/UOL Esporte

Marinho Saldanha

Em Porto Alegre

29/11/2011 11h52

Arce foi o melhor lateral-direito do passado recente do Grêmio. Para muitos o jogador está na seleção absoluta da história gremista. Nesta terça-feira, o atual técnico da seleção do Paraguai esteve no estádio Olímpico para uma visita, e falou sobre os grandes momentos que viveu em Porto Alegre.

A lista de títulos é grande, mas vem rapidamente à memória de Arce. Foram conquistados por ele, que defendeu o time entre 1995 e 1997: dois Campeonatos Gaúchos, uma Recopa Sul-Americana, um Brasileiro, uma Copa do Brasil e uma Libertadores. "Era uma época mágica, lembro como se fosse hoje", disse.

O motivo da visita do ex-atleta ao Brasil foi pegar conselhos com seu mentor na carreira de técnico: Luiz Felipe Scolari. Como o Paraguai enfrentará a Bolívia, em julho, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, lidar com a altitude foi a pauta. Ignorando momento tempestuoso que o técnico viveu recentemente, ele elogiou o poder de união do grupo do técnico palmeirense.

"Nesta visita falamos pouco. Eu que fiz perguntas para consultar ele. Tento tirar o máximo. Eu vi ele muito tranquilo. Falei por telefone depois do jogo contra o São Paulo. Imagino que não deve ser fácil a mudança. Da nossa época para agora, o jeito de se conversar e o trato com o jogador mudou muito aqui no Brasil. Eu acho que o professor deve entender isso. No tempo que eu trabalhei com ele, e foram muitos anos [3 no Grêmio e outros 3 no Palmeiras], sempre teve muita facilidade e lealdade de falar na cara e ser autêntico conosco. Vejo ele do mesmo jeito. É o que mais ficou na minha cabeça sobre o Luiz Felipe treinador. A facilidade de defender quem trabalha com ele e a lealdade que sempre mostrou a cada um de nós", defendeu Arce.

"Nosso time do Grêmio era muito forte. Tinha uma unidade geral em todos os aspectos. Os resultados chegaram por isso. Nunca vivi algo igual em minha carreira. Além de um comandante único: o Felipão. Criamos uma invencibilidade em jogos decisivos", acrescentou.

Não foram somente glórias que o paraguaio viveu, enquanto atleta, no Grêmio. No segundo semestre de 1997, segundo ele, o grupo relaxou e passou por momentos semelhantes ao atual, quando não disputa nada no Brasileiro e visa somente atrapalhar o Inter na última rodada.

"Tivemos um segundo semestre ruim em 1997. No primeiro conquistamos a Copa do Brasil, mas depois quase caímos. Fomos nos salvar na última rodada. São situações. Grandes times passam por isso. Tive momentos de dificuldade no Palmeiras também. Não sei se normal é a palavra certa, mas você acaba tendo situações como esta", explicou.

Os ensinamentos da época de atleta e de atualmente ficam na cabeça de Arce. "Sou muito identificado com o estilo dele, o que fica é como pessoa, mas no tratamento com o grupo, não no estilo de campo. Isso cada um tem o seu. Tenho três anos de contrato com a seleção paraguaia, mais a Copa do Mundo. Quero muito estar presente. Depois disso, quem sabe, estarei de volta ao Brasil e sempre gostaria de trabalhar nos clubes que já conheço: Grêmio e Palmeiras", finalizou.

Francisco Arce tem hoje 40 anos, disputou as Copas do Mundo de 1998 e 2002. Além dos títulos pelo Grêmio, foram conquistados uma Copa Mercosul, uma Libertadores, um Torneio Rio-São Paulo, uma Copa do Brasil e uma Copa dos Campeões pelo Palmeiras.