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Luis Alvaro tem poder enfraquecido em novo mandato e oficializa fundo de investimento

Luis Alvaro de Oliveira foi reeleito presidente do Santos e fica no cargo até 2014 - Daniel Marenco/Folhapress
Luis Alvaro de Oliveira foi reeleito presidente do Santos e fica no cargo até 2014 Imagem: Daniel Marenco/Folhapress

João Henrique Marques

Em Santos (SP)

04/12/2011 06h04

Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro massacrou Reinaldo Guerreiro nas urnas e vai presidir o Santos nos próximos três anos. Porém, no próximo mandato, a força do presidente está descentralizada. O novo estatuto que entrará em vigor acabou com o presidencialismo no clube, mas permitiu a oficialização do fundo de investimentos tão prometido pela situação.

A figura do presidente ainda estará presente, assim como a do vice, novamente Odílio Rodrigues. No entanto, outros sete gestores serão eleitos pela chapa vencedora em breve e dividirão os poderes no clube.

“O conselho de administração só pode tomar decisões com presença de, no mínimo, cinco membros, e por maioria simples de votos”, cita o artigo 62 do novo estatuto, explicitando a diminuição do poderio do presidente.

A figura do diretor de futebol, cargo atual de Pedro Luiz Nunes Conceição, será extinta. Ele deve fazer parte do grupo de gestores, todos sem remuneração.

O modelo de gestão já foi adotado por Luis Alvaro no biênio 2009/2010. Para a decisão da queda de Adilson Batista, por exemplo, dirigentes e empresários que auxiliam financeiramente o clube se reuniram para votar sobre o futuro do treinador.

Os empresários fazem parte do Grupo Guia (Gestão Unificada de Inteligência e Apoio ao Santos Futebol Clube). Eles são os responsáveis por investirem dinheiro no clube com a elaboração da Teisa (Terceira Estrela Investimentos S.A), que atualmente detém parte dos direitos econômicos de Neymar, Elano, Arouca e Henrique.

A partir de 2012, a Teisa deixa de existir e será substituída por um fundo de investimentos, basicamente funcionando da mesma forma. Os direitos adquiridos dos jogadores serão revertidos, e a participação de mais conselheiros é esperada.    

Alguns dos futuros gestores devem fazer parte do “bolsão dos jogadores”, e assim serem detentores de porcentagens de atletas. O fato gera discussões éticas, e deve funcionar como a primeira queixa da oposição ao novo mandato de Luis Alvaro.